quarta-feira, março 19, 2008

Fim


Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.



Mário de Sá Carneiro
Imagem retirada da net

1 comentário:

Anónimo disse...

Adoro este poema.