sexta-feira, dezembro 21, 2007

Carta ao Pai Natal


Olá Pai Natal, a 1ª vez que escrevo pa ti
Venho de Lisboa, o pessoal chama-me AC
Poupa o atrevimento, mas tenho alguns pedidos
Espero que não fiquem n'alguma prateleira esquecidos
Como nunca te pedi nada
Peço tudo de uma vez e fica a conversa despachada
Talvez aches os pedidos meio extravagantes
Queria que pusesses juízo na cabeça destes governantes

Tira-lhes as armas e a vontade da Guerra
É que senão acabamos a pedir-te uma nova terra
Ao sem-abrigo indigente, dá-lhe uma vida decente
E arranja-lhe trabalho em vez de mais uma sopa quente

E ao pobre coitado e ao desempregado
Arranja-lhe um emprego em que ele nao se sinta
explorado
E ao soldado, manda-o de volta pa junto da mulher
Acredita que é isso que ele quer
Vai ver África de perto, não vejas pelos jornais
Dá de comer às crianças, ergue escolas e hospitais
Cura as doenças e distribui vacinas
Dá carrinhos aos meninos e bonecas às meninas
E dá-lhes paz e alegria
Ao idoso sozinho em casa, arranja-lhe boa companhia
Já sei que só ofereçes aos meninos bem comportados
Mas alguns portam-se mal e dás condomínios fechados
Jatos privados, carros topo de gama importados
Grandes ordenados, apagas pecados a culpados
Desculpa o pouco entusiasmo, não me leves a mal
Não percebo como é que isto se tornou um feriado
comercial
Parece que é desculpa para um ano de costas voltadas
E a unica coisa que interessa é se as prendas estao
compradas
E quando passa o Natal dás à sola
Há quem diga que não existes, quem te inventou foi a
Coca-Cola
Não te preocupes que eu não digo a ninguém
Se és Pai Natal, deves ser pai de alguém
Para mim Natal é a qualquer hora, basta querer
Gosto de dar e não preciso de pretextos para oferecer

E já agora para acabar, sem querer abusar
Dá-nos paz e amor e nem é preciso embrulhar
Muita felicidade, saúde acima de tudo
Se puderes dá-nos boas notas com pouco estudo
Desculpa o incómodo e continua com as tuas prendas
Feliz Natal para ti, e já agora, baixa as rendas.

Feliz Natal!



Boss AC
Imagem retirada da net

domingo, dezembro 16, 2007

sexta-feira, dezembro 14, 2007

A tua ausência...


Cria-me um silêncio ensurdecedor na alma.


Imagem retirada da net

Deseja-me...


No meio das tuas pernas, arfante, ofegante, a devorar-te com fervor.
A dar-te beijos e a segurar na tua mão, olhando-te, até amanhecer.



Toni
Imagem retirada da net

Imagina um homem como eu


Vá diz!
Amar um homem como eu,
Eras capaz?


Filamonica Gil
Imagem retirada da net

quinta-feira, dezembro 13, 2007

O amor dos amantes


Com beijos delirantes, explorando cada pedaço de corpo com tesão, amor, carinho e desejo, entre sussuros, suspiros e gemidos de prazer.



Toni
Imagens retiradas da net

terça-feira, dezembro 11, 2007

Foi por ela


Foi por ela que amanhã me vou embora
ontem mesmo hoje e sempre ainda agora
sempre o mesmo em frente ao mar também me cansa
diz Madrid, Paris, Bruxelas quem me alcança
em Lisboa fica o Tejo a ver navios
dos rossios de guitarras à janela
foi por ela que eu já danço a valsa em pontas
que eu passei das minhas contas foi por ela

Foi por ela que eu me enfeito de agasalhos
em vez daquela manga curta colorida
se vais sair minha nação dos cabeçalhos
ainda a tiritar de frio acometida
mas o calor que era dantes também farta
e esvai-se o tropical sentido na lapela
foi por ela que eu vesti fato e gravata
que o sol até nem me faz falta foi por ela

Foi por ela que eu passo por coisas graves
e passei passando as passas dos Algarves
com tanto santo milagreiro todo o ano
foi por milagre que eu até nasci profano
e venho assim como um tritão subindo os rios
que dão forma como um Deus ao rosto dela
foi por ela que eu deixei de ser quem era
sem saber o que me espera foi por ela



Fausto
Imagem retirada da net

A tua voz no papel


Os dias se vão
e eu espero notícias...
Quero apenas
a tua voz
no papel
Pois ainda permanece
dentro de mim
o teu olhar
E a saudade aperta
quando os dias se vão
e eu fico a esperar...


Ana Cristina Pozza
Imagem retirada da net

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Vem e lavra-me


Fecho os olhos e consigo
lembrar o que fiz contigo:
foi AMOR como não há!...
Mas no meio desta insónia
nua e sem cerimónia
acaricio-me já...

Mas falta-me a tua mão
os teus lábios, o escaldão
da tua língua macia...
Percorre-me com teu tacto,
põe-me de gatas no acto
que mais libera a magia!

Corre para a minha beira!
Lavra-me! Eu sou a leira
que ressequida reclama...
Vem e faz-me amor sem rede,
Vem e mata minha sede,
à rédea solta, na cama!


Teresa Machado
Imagem retirada da net

Vem...




Imagem e foto retiradas da net

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Lua Alta


Lua alta
E por trás
De tantas nuvens
Brilham estrelas...

Aqui,
Por trás desta neblina,
Brilho também...
Sozinha
E acompanhada
De mim
E de mais ninguém...

Não direi mais nada
É o silêncio que mais convém...

Agradecida,
A Lua
Sussurra:
Amém...


Ana Cristina Pozza
Imagem retirada da net

terça-feira, dezembro 04, 2007

Sei-te de cor


Sei de cor
Cada traço do teu rosto, do teu olhar
Cada sombra da tua voz
E cada silêncio, cada gesto que tu faças
Meu amor sei-te de cor


Paulo Gonzo
Imagem retirada da net

Dizer-te...



Imagem retirada da net

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Impossible is Nothing



Frase de campanha da Adidas
Imagem retirada da net

É que o amor


...

É que o amor
Seja lá o que isso for
É sempre uma mistura
De feitiço e de ternura
Com um pouco de suor



Filarmonica Gil
Foto retirada da net

quinta-feira, novembro 29, 2007

Balada de un soldado


Madre, anoche en las trincheras
Entre el fuego y la metralla
Vi un enemigo correr
La noche estaba cerrada,
La apunté con mi fusil
Y al tiempo que disparaba
Una luz iluminó
El rostro que yo mataba
Clavó su mirada en mí
Con sus ojos ya vacíos

Madre, sabes quien maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José
Compañero de la escuela
Con quien tanto yo jugué
De soldados y trincheras

Hoy el fuego era verdad
Y mi amigo ya se entierra
Madre, yo quiero morir
Estoy harto de esta guerra
Y si vuelvo a escribir
Talvez lo haga del cielo
Donde encontraré a José
Y jugaremos de nuevo

Madre, sabes quien maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José
Compañero de la escuela
Con quien tanto yo jugué
De soldados y trincheras
Madre, sabes quien maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José



Mafalda Veiga
Imagem retirada da net

O chão é a cama


O chão é a cama para o amor urgente,
O amor não espera ir para a cama.
Sobre o tapete no duro piso,
a gente compõe de corpo a corpo a última trama.
E para repousar do amor, vamos para a cama!



Carlos Drummond de Andrade
Foto retirada da net

Tenho a dizer-vos que...

"O trabalho fascina-me... Às vezes, fico parado a olhar para ele sem conseguir fazer nada."



Imagem retirada da net

quarta-feira, novembro 28, 2007

Frase do dia

"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão"




Concordo totalmente com o autor desta frase.


Imagem retirada da net

segunda-feira, novembro 26, 2007

sexta-feira, novembro 23, 2007

Cálice


Pai afasta de mim esse cálice
Pai afasta de mim esse cálice
Pai afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Pai afasta de mim esse cálice
Pai afasta de mim esse cálice
Pai afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

Pai afasta de mim esse cálice
Pai afasta de mim esse cálice
Pai afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade

Pai afasta de mim esse cálice
Pai afasta de mim esse cálice
Pai afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça



Chico Buarque
Imagem retirada da net

Ás vezes o amor...




Imagens retiradas da net

Hoje é Sexta-feira


Sorriam...



Vem aí o fim de semana...


Imagens retiradas da net

quarta-feira, novembro 21, 2007

Brain Damage


...
The lunatic is in my head.
The lunatic is in my head.
You raise the blade, you make the change
You re-arrange me 'til
I'm sane.

You lock the door
And throw away the key

There's someone in my head but it's not me.
...


Pink Floyd - The dark side of the moon
Imagem retirada da net