segunda-feira, janeiro 09, 2012

Vamos seguir o exemplo?


Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (8:00) e acaba cedo (15:30). Os pais noruegueses, têm uma parte significativa dos seus dias para proporcionarem aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou playstation. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.

A riqueza que produzem, garante-lhes o maior nível salarial da Europa, que é também, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas, estádios de futebol ou auto-estradas. Só têm 660 quilómetros dessas "alavancas de progresso".

Na Noruega, a fuga ao fisco não é uma "vantagem competitiva". Ali, o cruzamento de dados "devassa" as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as "ofertas" de património a familiares.

Mais do que os costumeiros "bons negócios", deviam os empresários portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos. Um correspondente da TSF naquele país, assegura que os ministros não se medem pela alta cilindrada das suas frotas.

Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes.

Os noruegueses sabem que não se "projecta o nome do país" com despesismos faraónicos. Basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade. 

Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratar milhões de euros para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.

Até os clubes de futebol noruegueses, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores quatrocentos salários mínimos por mês para que eles joguem à bola.

Nas gélidas terras dos vikings também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu.
Não andam de jipe e óculos escuros. Não se queixam do "excessivo peso do Estado", para depois exigirem isenções e subsídios.

É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós. Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.



Recebido por email
Foto retirada da net

4 comentários:

Anónimo disse...

Bis. Parabéns pelo post Toni. Quando chegarmos aí, avise os meus netos, se puder..rsrsrsrs

Toni disse...

Enquanto a "esperteza" for privilegiada em relação à inteligência,
enquanto a preguiça tiver ascendente sobre o trabalho...

enquanto a incompetência asfixiar o talento e o profissionalismo...

enquanto os "agradecimentos" renderem 600 mil euros/ano para os filhos da mãe enquanto os filhos da outra são espremidos como laranjas...

não chegamos lá...

Anónimo disse...

Absolutamente de acordo..

Feiticeira disse...

Também concordo! Assim como estamos e da forma como o nosso país está a cair no buraco que eles fizeram, vai ser bastante difícil ou impossível chegar aos calcanhares dos noruegueses. Acho que vou pensar em mudar de país.