quarta-feira, novembro 30, 2011
O burro que caiu no poço
Um dia, um burro caiu num poço e não podia sair dali.
O animal chorou fortemente durante horas, enquanto o seu dono, um camponês, pensava no que fazer.
Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: Concluiu que já que o burro estava muito velho e que o poço estava mesmo seco, precisaria de ser tapado de alguma forma. Portanto, não valia a pena esforçar-se para tirar o burro de dentro do poço.
Chamou então os seus vizinhos para o ajudar a enterrar vivo o burro. Cada um deles pegou uma pá e começou a atirar terra para dentro do poço. O burro entendeu o que estavam a fazer e chorou desesperadamente. Até que, passado um momento, o burro pareceu ficar mais calmo.
O camponês, olhou para o fundo do poço e ficou surpreendido. A cada pá de terra que caía sobre ele o burro sacudia-a, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão. Assim, em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até ao topo do poço, passar por cima da borda e sair dali.
A vida vai atirar muita terra para cima de ti. Principalmente se já estiveres dentro de um poço. Cada um dos nossos problemas pode ser um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos buracos mais profundos se não nos dermos por vencidos. Usa a terra que te atiram para seguir em frente!
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segunda-feira, novembro 28, 2011
António Lobo Antunes dixit
“Nós nascemos e morremos sozinhos. A morte é uma coisa muito individual. O nascimento também. A solidão mantém-se desde o momento em que nascemos. No mais fundo de nós estamos sempre sozinhos. E é onde temos de tomar as decisões. Às vezes perguntamos: o que é que tu farias no meu lugar? É uma pergunta completamente impossível. Nas grandes decisões ...estamos sempre sós.”
“A minha relação com Deus é conflituosa. Sempre foi. Consola-me pensar que de vez em quando Ele constrói pessoas à sua medida. Um homem fora do normal demora muito tempo a fabricar.”
“Ninguém está preparado para morrer, mas muito pouca gente está preparada para viver.”
"Quem aposta no futuro é quem já se resignou a perder o presente.”
“A maçada da morte é que se fica morto muito tempo. Olhe há quantos anos o Afonso Henriques está morto.”
Excertos da entrevista do António Lobo Antunes à RTP, 14.Outubro.2011
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sexta-feira, novembro 25, 2011
A Letargia
"Primeiro vieram buscar os comunistas.
Eu não disse nada porque não era comunista.
Depois vieram pelos judeus.
Eu não disse nada porque não era judeu.
Depois vieram pelos sindicalistas.
Eu não disse nada porque não era sindicalista.
Depois vieram pelos católicos.
Eu não disse nada porque era protestante.
Depois vieram por mim e, nessa altura, já não havia ninguém para erguer a voz."
Martin Niemöller
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quarta-feira, novembro 23, 2011
A Indiferença
"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei.
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."
Eugen Berthold Friedrich Brecht (Bertolt Brecht)
Imagem retirada da net
segunda-feira, novembro 21, 2011
A Omissão
"Na primeira noite, eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam o nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada."
Vladimir Vladimirovich Maiakovski
Foto retirada da net
sexta-feira, novembro 18, 2011
Espera, não vás ainda...
Antes, quero beijar-te na boca.
Quero amor e entregar-me todo a ti.
Dizer-te ao ouvido "...Amo-te..."
Mostrar-te como és desejada.
Como és amada.
Quero ser o teu homem.
Quero gemer por ti.
Toni
Fotos retiradas da net
quarta-feira, novembro 16, 2011
Quero voar
Quero voar
-mas saem da lama
garras de chão
que me prendem os tornozelos.
Quero morrer
-mas descem das nuvens
braços de angústia
que me seguram pelos cabelos.
E assim suspenso
no clamor da tempestade
como um saco de problemas
-tapo os olhos com as lágrimas
para não ver as algemas...
(Mas qualquer balouçar ao vento me parece Liberdade.)
José Gomes Ferreira
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segunda-feira, novembro 14, 2011
sexta-feira, novembro 11, 2011
Palavras
Era uma vez um rapaz que tinha um temperamento muito explosivo.
Um dia, o pai deu-lhe um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira. Disse-lhe para martelar um prego na tábua sempre que perdesse a paciência com alguém.
No primeiro dia o rapaz pregou 37 pregos na tábua. Já nos dias seguintes, enquanto ia aprendendo a controlar a ira, o número de pregos martelados foi diminuindo gradualmente.
Ele foi descobrindo que, dava menos trabalho controlar a ira, do que ir todos os dias, pregar vários pregos na tábua...
Finalmente chegou o dia em que não perdeu a paciência uma vez que fosse.
Falou com o pai sobre seu sucesso e sobre como se sentia melhor por não explodir com os outros.
O pai sugeriu-lhe que retirasse todos os pregos da tábua.
O rapaz assim fez trazendo depois a tábua, já sem os pregos, entregando-a ao pai. Este disse-lhe:
- Parabéns, filho! Agora repara nos buracos que os pregos deixaram na tábua. Nunca mais será como antes. Quando falas com raiva, as tuas palavras deixam marcas como estas. Podes enfiar uma faca em alguém e depois retira-la, mas não importa quantas vezes peças desculpas, a cicatriz ainda continuará lá.
Uma agressão verbal, é tão violenta como uma agressão física.
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quarta-feira, novembro 09, 2011
Hoje
Acordei, levantei os braços, mexi o joelho, virei o pescoço… Tudo fez "crec"…
Conclusão: Não estou velho. Estou crocante.
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segunda-feira, novembro 07, 2011
A máquina (acordou)
Saber o que fazer,
Com isto a acontecer,
Num caso como o meu.
Ter o meu amor,
Para dar e pra vender,
Mas sei que vou ficar,
Por ter o que eu não tenho,
Eu sei que vou ficar.
É de pedir aos céus,
A mim, a ti e a Deus,
Que eu quero ser feliz,
É de pedir aos céus.
Porque este amor é meu,
E cedo, vou saber
Que triste é viver,
Que sina, ai, que amor,
Já nem vou mais chorar,
Gritar, ligar, voltar,
A máquina parou,
Deixou de tocar.
Sentir e não mentir,
Amar e querer ficar,
Que pena é ver-te assim,
Já sem saberes de ti.
Rasguei o teu perdão,
Quis ser o que já fui,
Eu não vou mais fugir,
A viagem começou,
Porque este amor é meu
E cedo vou saber,
Que triste é viver,
Que sina, ai, que amor.
Já nem vou mais chorar,
Gritar, ligar, voltar,
A máquina parou.
Deixou de tocar,
É de pedir aos céus,
A mim, a ti e a Deus,
Que eu quero é ser feliz,
É de pedir aos céus.
Porque este amor é teu,
E eu já só vou amar,
Que bom não acabou,
A máquina acordou.
Amor Electro - Cai o Carmo e a Trindade
sexta-feira, novembro 04, 2011
A Carroça
Certa manhã, o meu pai, homem muito sábio, convidou-me a dar um passeio pelo bosque e eu aceitei com prazer. A dado momento, deteve-se numa clareira e depois de um pequeno silêncio perguntou-me:
- Além dos pássaros, ouves mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos durante alguns segundos e respondi:
- Ouço um barulho, parece ser uma carroça...
- Isso mesmo! disse o meu pai, é uma carroça vazia.
Uma carroça vazia? Perguntei ao meu pai:
- Como é que sabes que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
O meu pai respondeu-me:
- É muito fácil saber que uma carroça está vazia, pelo barulho. Quanto mais vazia a carroça está mais barulho faz!
Cresci, e até hoje, quando vejo uma pessoa a falar demais, a gritar, no sentido de intimidar, a tratar os outros com arrogância, a ser prepotente, interrompendo constantemente as conversas, querendo demonstrar que é dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir novamente a voz do meu pai a dizer-me:
"Quanto mais vazia a carroça está, mais barulho ela faz…"
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quarta-feira, novembro 02, 2011
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