quarta-feira, maio 05, 2010
Canção do Amor Imprevisto
Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita...
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.
Mario Quintana
Imagem retirada da net
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2 comentários:
Não poucas vezes o único abraço que sentimos na pele é o das palavras.Que escrevemos, ou que nos escrevem a nós.
Sábio comentário.
Benvinda mais uma vez a este espaço.
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