quinta-feira, dezembro 24, 2009
quarta-feira, dezembro 23, 2009
terça-feira, dezembro 22, 2009
segunda-feira, dezembro 21, 2009
sexta-feira, dezembro 18, 2009
Desejos
Este amor quer um templo, um refúgio...
Onde possa beijar-te na boca, deixar-te nua, provar a tua pele tonto de paixão.
Abraçar-te e acariciar-te, envolvido no teu perfume. Chamar-te "Meu Amor".
Descobrir as curvas do teu corpo, com os lábios e a língua.
Saborear os teus mamilos e o teu sexo.
Lamber-te, chupar-te, lambuzar-me do teu mel. Sussurrar-te "És deliciosa".
Delirar de prazer dentro de ti. Gemer "És tão boa".
Gritar o teu nome, alucinado de amor por ti.
E na loucura, plena de felicidade, inundar-te abundantemente...
Toni
Foto retirada da net
quinta-feira, dezembro 17, 2009
Demagogia
Dão nas vistas em qualquer lugar
Jogando com as palavras como ninguém
Sabem como hão-de contornar
As mais directas perguntas
Aproveitam todo o espaço
Que lhes oferecem na rádio e nos jornais
E falam com desembaraço
Como se fossem formados em falar demais
Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
P’ra levar a água ao seu moinho
Têm nas mãos uma lata descomunal
Prometem muito pão e vinho
Quando abre a caça eleitoral
Desde que se vêem no poleiro
São atacados de amnésia total
Desde o último até ao primeiro
Vão-se curar em banquetes, numa social
Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira
Luís Pedro Fonseca
Imagem retirada da net
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Estátua Falsa
Só de ouro falso os meus olhos se douram;
Sou esfinge sem mistério no poente.
A tristeza das coisas que não foram
Na minha'alma desceu veladamente.
Na minha dor quebram-se espadas de ânsia,
Gomos de luz em treva se misturam.
As sombras que eu dimano não perduram,
Como Ontem, para mim, Hoje é distância.
Já não estremeço em face do segredo;
Nada me aloira já, nada me aterra:
A vida corre sobre mim em guerra,
E nem sequer um arrepio de medo!
Sou estrela ébria que perdeu os céus,
Sereia louca que deixou o mar;
Sou templo prestes a ruir sem deus,
Estátua falsa ainda erguida ao ar...
Mário de Sá Carneiro
Sou esfinge sem mistério no poente.
A tristeza das coisas que não foram
Na minha'alma desceu veladamente.
Na minha dor quebram-se espadas de ânsia,
Gomos de luz em treva se misturam.
As sombras que eu dimano não perduram,
Como Ontem, para mim, Hoje é distância.
Já não estremeço em face do segredo;
Nada me aloira já, nada me aterra:
A vida corre sobre mim em guerra,
E nem sequer um arrepio de medo!
Sou estrela ébria que perdeu os céus,
Sereia louca que deixou o mar;
Sou templo prestes a ruir sem deus,
Estátua falsa ainda erguida ao ar...
Mário de Sá Carneiro
terça-feira, dezembro 15, 2009
Uma pergunta
"Falcão distribuiu o dinheiro entre eles. Este ritual era comum.
- Você deu-lhes todo o dinheiro?
- No meu mundo, os mais fortes servem os mais fracos. No seu, os mais fracos servem os mais fortes. Qual é o mais justo?"
Augusto Cury, A saga de um Pensador
- Você deu-lhes todo o dinheiro?
- No meu mundo, os mais fortes servem os mais fracos. No seu, os mais fracos servem os mais fortes. Qual é o mais justo?"
Augusto Cury, A saga de um Pensador
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Politik Kills
Politik kills
Politik needs votes
Politik needs your mind
Politik needs human beings
Politik need Lies
That's why my friend it's evidence:
Politik is violence
Politik Kills
Politik use drugs
Politik use bombs
Politik need torpedoes
Politik needs blood
That's why my friend it's evidence:
Politik is violence
Politik need force
Politik need cries
Politik need ignorance
Politik need lies
Politik Kills
Manu Chao - La Radiolina
Imagem retirada da net
sexta-feira, dezembro 11, 2009
quinta-feira, dezembro 10, 2009
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Medicina na Voz do Povo
Carlos Barreira da Costa, médico Otorrinolaringologista da mui nobre e invicta cidade do Porto, decidiu compilar no seu livro "A Medicina na Voz do Povo", com o inestimável contributo de muitos colegas de profissão, trinta anos de histórias, crenças e dizeres ouvidos durante o exercício desta peculiar forma de apostolado que é a prática da medicina. E dele não resisti a extrair verdadeiras jóias deste tão pouco conhecido léxico que decidi compartilhar convosco.
O diálogo com um paciente com patologia da boca, olhos, ouvidos, nariz e garganta é sempre um desafio para o clínico:
"A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece com sua licença espermatozóides".
"Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa".
"Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho".
"Isto deu-me de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido".
"Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída".
"Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas saiam".
"Tenho a língua cheia de Áfricas".
"Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor".
"O dente arrecolhia pus e na altura em que arrecolhia às imidulas infeccionava-as".
"A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor".
As perturbações da fala impacientam o doente:
"Na voz sinto aquilo tudo embuzinado".
"Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta".
"Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais".
"O meu pai morreu de tísica na laringe".
Os "problemas da cabeça" são muito frequentes:
"Há dias fiz um exame ao capacete no Hospital de S. João".
"Andei num Neurologista que disse que parti o penedo, o rochedo ou lá o que é...".
"Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós".
"Vem-me muitos palpites ruins, assim de baixo para cima...".
"A minha cabecinha começa assim a ferver e fico com ela húmida, assim aos tombos, a trabalhar".
"Ou caiu da burra ou foi um ataque cardeal".
Os aparelhos genital e urinário são objecto de queixas sui generis:
"Venho aqui mostrar a parreca".
"A minha pardalona está a mudar de cor".
"Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas".
"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza".
"Fazem aqui o Papa Micau (Papanicolau)?"
"Quantos filhos teve?" - pergunta o médico.
"Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três".
"Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada".
"Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos".
"Quando estou de pau feito... a puta verga".
"O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".
As dores da coluna e do aparelho muscular e esquelético são difíceis de suportar:
"Metade das minhas doenças é desfalsificação dos ossos e intendência para a tensão alta".
"O pouco cálcio que tenho acumula-se na fractura".
"Já tenho os ossos desclassificados".
"Além das itroses tenho classificação ossal".
"O meu reumatismo é climático".
"É uma dor insepulcrável".
"Tenho artroses remodeladas e de densidade forte".
"Estou desconfiado que tenho uma hérnia de escala".
O português bebe e fuma muito e desculpa-se com frequência:
"Tomo um vinho que não me assobe à cabeça".
"Eu abuso um pouco da água do Luso".
"Não era ébrio nato mas abusava um pouco do álcool"
"Fujo dos antibióticos por causa do estômago. Prefiro remédios caseiros, a aguardente queimada faz-me muito bem".
"Eu sou um fumador invertebrado".
O aparelho digestivo origina sempre muitas queixas:
"Fui operado ao panquecas".
"Tive três úlceras: uma macho, uma fêmea e uma de gastrina".
"Ando com o fígado elevado. Já o tive a 40, mas agora está mais baixo".
"Eu era muito encharcado a essa coisa da azia".
"Senhor Doutor a minha mulher tem umas almorródias que com a sua licença nem dá um peido".
"Tenho pedra na basílica".
"O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e pinga pela via de trás".
"Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa".
"Fiz uma mamografia ao intestino".
"O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenos (drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)".
Os medicamentos e os seus efeitos prestam-se às maiores confusões:
"Ando a tomar o Esperma Canulado"- Espasmo Canulase
"Tenho cataratas na vista e ando a tomar o Simião" - Sermion
"Andei a tomar umas injecções de Esferovite" - Parenterovit
"Era um antibiótico perlim pim pim mas não me fez nada" - Piprilim
"Agora estou melhor, tomo o Bate Certo" - Betaserc
"Tomo o Sigerom e o Chico Bem" - Stugeron e Gincoben
"Ando a tomar o Castro Leão" - Castilium
"Tomei Sexovir" - Isovir
"Tomo uma cábulas à noite".
"Tomei uns comprimidos "jaunes", assim amarelados".
"Tomo uns comprimidos a modos de umas aboborinhas".
"Receitou-me uns comprimidos que me põem um pouco tonha".
"Estava a ficar com os abéticos no sangue".
"Diz lá no papel que o medicamento podia dar muitas complicações e alienações".
"Quando acordo mais descaída tomo comprimidos de alta potência e fico logo melhor".
"Ó Sra. Enfermeira, ele tem o cu como um véu. O líquido entra e nem actua".
"Na minha opinião sinto-me com melhores sintomas".
O que os doentes pensam do médico:
"Também desculpe, aquela médica não tinha modinhos nenhuns".
"Especialista, médico, mas entendido!".
"Não sou muito afluente de vir aos médicos".
"Quando eu estou mal, os senhores são Deus, mas se me vejo de saúde acho-vos uns estapores".
"Gosto do Senhor Doutor! Diz logo o que tem a dizer, não anda a engasular ninguém".
"Não há melhor doente que eu! Faço tudo o que me mandam, com aquela coisa de não morrer".
Em relação ao doente o humor deve sempre prevalecer sobre a sisudez e o distanciamento. Senão atentem neste "clássico":
"Ó Senhor Doutor, e eu posso tomar estes comprimidos com a menstruação? Ao que o médico retorque:
"Claro que pode. Mas se os tomar com água é capaz de não ser pior ideia. Pelo menos sabe melhor."
Recebido por email
O diálogo com um paciente com patologia da boca, olhos, ouvidos, nariz e garganta é sempre um desafio para o clínico:
"A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece com sua licença espermatozóides".
"Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa".
"Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho".
"Isto deu-me de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido".
"Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída".
"Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas saiam".
"Tenho a língua cheia de Áfricas".
"Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor".
"O dente arrecolhia pus e na altura em que arrecolhia às imidulas infeccionava-as".
"A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor".
As perturbações da fala impacientam o doente:
"Na voz sinto aquilo tudo embuzinado".
"Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta".
"Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais".
"O meu pai morreu de tísica na laringe".
Os "problemas da cabeça" são muito frequentes:
"Há dias fiz um exame ao capacete no Hospital de S. João".
"Andei num Neurologista que disse que parti o penedo, o rochedo ou lá o que é...".
"Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós".
"Vem-me muitos palpites ruins, assim de baixo para cima...".
"A minha cabecinha começa assim a ferver e fico com ela húmida, assim aos tombos, a trabalhar".
"Ou caiu da burra ou foi um ataque cardeal".
Os aparelhos genital e urinário são objecto de queixas sui generis:
"Venho aqui mostrar a parreca".
"A minha pardalona está a mudar de cor".
"Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas".
"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza".
"Fazem aqui o Papa Micau (Papanicolau)?"
"Quantos filhos teve?" - pergunta o médico.
"Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três".
"Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada".
"Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos".
"Quando estou de pau feito... a puta verga".
"O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".
As dores da coluna e do aparelho muscular e esquelético são difíceis de suportar:
"Metade das minhas doenças é desfalsificação dos ossos e intendência para a tensão alta".
"O pouco cálcio que tenho acumula-se na fractura".
"Já tenho os ossos desclassificados".
"Além das itroses tenho classificação ossal".
"O meu reumatismo é climático".
"É uma dor insepulcrável".
"Tenho artroses remodeladas e de densidade forte".
"Estou desconfiado que tenho uma hérnia de escala".
O português bebe e fuma muito e desculpa-se com frequência:
"Tomo um vinho que não me assobe à cabeça".
"Eu abuso um pouco da água do Luso".
"Não era ébrio nato mas abusava um pouco do álcool"
"Fujo dos antibióticos por causa do estômago. Prefiro remédios caseiros, a aguardente queimada faz-me muito bem".
"Eu sou um fumador invertebrado".
O aparelho digestivo origina sempre muitas queixas:
"Fui operado ao panquecas".
"Tive três úlceras: uma macho, uma fêmea e uma de gastrina".
"Ando com o fígado elevado. Já o tive a 40, mas agora está mais baixo".
"Eu era muito encharcado a essa coisa da azia".
"Senhor Doutor a minha mulher tem umas almorródias que com a sua licença nem dá um peido".
"Tenho pedra na basílica".
"O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e pinga pela via de trás".
"Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa".
"Fiz uma mamografia ao intestino".
"O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenos (drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)".
Os medicamentos e os seus efeitos prestam-se às maiores confusões:
"Ando a tomar o Esperma Canulado"- Espasmo Canulase
"Tenho cataratas na vista e ando a tomar o Simião" - Sermion
"Andei a tomar umas injecções de Esferovite" - Parenterovit
"Era um antibiótico perlim pim pim mas não me fez nada" - Piprilim
"Agora estou melhor, tomo o Bate Certo" - Betaserc
"Tomo o Sigerom e o Chico Bem" - Stugeron e Gincoben
"Ando a tomar o Castro Leão" - Castilium
"Tomei Sexovir" - Isovir
"Tomo uma cábulas à noite".
"Tomei uns comprimidos "jaunes", assim amarelados".
"Tomo uns comprimidos a modos de umas aboborinhas".
"Receitou-me uns comprimidos que me põem um pouco tonha".
"Estava a ficar com os abéticos no sangue".
"Diz lá no papel que o medicamento podia dar muitas complicações e alienações".
"Quando acordo mais descaída tomo comprimidos de alta potência e fico logo melhor".
"Ó Sra. Enfermeira, ele tem o cu como um véu. O líquido entra e nem actua".
"Na minha opinião sinto-me com melhores sintomas".
O que os doentes pensam do médico:
"Também desculpe, aquela médica não tinha modinhos nenhuns".
"Especialista, médico, mas entendido!".
"Não sou muito afluente de vir aos médicos".
"Quando eu estou mal, os senhores são Deus, mas se me vejo de saúde acho-vos uns estapores".
"Gosto do Senhor Doutor! Diz logo o que tem a dizer, não anda a engasular ninguém".
"Não há melhor doente que eu! Faço tudo o que me mandam, com aquela coisa de não morrer".
Em relação ao doente o humor deve sempre prevalecer sobre a sisudez e o distanciamento. Senão atentem neste "clássico":
"Ó Senhor Doutor, e eu posso tomar estes comprimidos com a menstruação? Ao que o médico retorque:
"Claro que pode. Mas se os tomar com água é capaz de não ser pior ideia. Pelo menos sabe melhor."
Recebido por email
segunda-feira, dezembro 07, 2009
domingo, dezembro 06, 2009
sexta-feira, dezembro 04, 2009
quinta-feira, dezembro 03, 2009
quarta-feira, dezembro 02, 2009
sexta-feira, novembro 27, 2009
quinta-feira, novembro 26, 2009
quarta-feira, novembro 25, 2009
O Carteiro de Pablo Neruda
Realização: Michael Radford / Massimo Troisi
Música: Luis Enríquez Bacalov
terça-feira, novembro 24, 2009
segunda-feira, novembro 23, 2009
sexta-feira, novembro 20, 2009
quinta-feira, novembro 19, 2009
Mobbing no Trabalho
O que é o "Mobbing"?
Violência moral ou psíquica no trabalho: atitudes ou comportamentos de violência moral ou psíquica em situação de trabalho, segregação e violência repetida ao longo do tempo de maneira sistemática ou habitual, que levam à degradação das condições do ambiente de trabalho, comprometendo a saúde ou o profissionalismo ou ainda a dignidade do trabalho.
Em inglês, "to mob" significa "agredir". Na prática, podemos traduzir isso com duas palavras: vergonhosa intimidação.
Uma verdadeira praga social, um verdadeiro fenómeno de delinquência organizada, com três componentes: a vítima (o "mobizado"), o agressor(es) (Mobbers) e os cúmplices (colegas, que compactuam de forma cobarde com o(s) mobber(s)).
Os efeitos do mobbing sobre a vítima são ansiedade, insônias, falta de apetite ou apetite excessivo, de produtividade, dores fortes de cabeça, tonturas, esgotamento e depressão.
Perfil pessoal da vítima: Colega tímido, sensível, inteligente um pouco mais do que a média, insatisfeito, honesto, pessoa de princípios e valores. Dedicado à instituição ou à empresa e normalmente trabalha acima da média.
Perfil pessoal do mobber: Colega invejoso, de ideias fixas, manipulador, gosta de impor aos outros colegas ideias negativas, gosta de se fazer vítima, expressa-se e influência com facilidade outros colegas. Não gosta da sua profissão e por isso é pouco dedicado, nem gosta dos colegas que se dedicam, por isso conspira e influência outros colegas a terem a mesma atitude contra esses colegas de forma a isolá-los. É certamente uma pessoa com problemas pessoais, de família, é instável mas extrovertida.
O mobbing é usado por colegas de instituições ou empresas que querem afastar outro trabalhador que se tornou um incómodo para eles. Muitas vezes não é a própria empresa nem um superior que exerce o mobbing, acontece muitas vezes ser exercido por alguém que apesar de estar há pouco tempo na empresa ou instituição quer ser promovido, tentando exercer pressão sobre os que trabalham consigo. A técnica é relativamente simples, subtil e camuflada, nas empresas ou instituições, tentam através do esgotamento ou depressão de um colega afastar/aposentar/demitir de forma indirecta.
Na Administração Pública isso é mais difícil, mas não é impossível. Nas empresas ou instituições do Estado é normalmente utilizada uma técnica distinta, começa-se por organizar o mobbing entre vários colegas, de modo a isolar outro(s) colega(s) de tarefas, actividades e até convívios ou festas habituais de modo a afectá-lo psicologicamente. Se a vítima não conseguir resistir, opta pela transferência, que pode parecer uma vantagem para quem é "mobizado", mas na realidade converte-se num erro. Quem sofre por mobbing na Administração Pública vive a tentação de entregar "os pontos" e de deixar-se vencer de maneira fácil, pedindo transferência ou destacamento para outra Instituição, em relação àquele que sofre do mesmo problema numa Empresa privada.
SETE CONSELHOS PARA RESISTIR AO MOBBING:
1) Não se isole, apesar desta ser a sua primeira tendência.
2) Não ceda ao desânimo e à depressão, participe nas actividades ou convívios mesmo que o ignorem.
3) Não pense que é o único, normalmente existem outros colegas vitimas de mobbing.
4) Procure aliados. Isso nem sempre é fácil, porque muitas vezes afastam-se para que o mobbing dirigido a você não se volte também contra eles. O mobbing é transversal, são os próprios colegas que são mobbers ou cumplices
5) Denuncie as ocorrências a outros colegas e à Administração da Empresa.
6) Inscreva-se numa associação contra o Mobbing como a italiana M.I.M.A.
7) Procure as vias legais. Neste caso, recolha documentação, registe as datas horas e pessoas presentes durante as ocorrências e procure um advogado. Na maioria dos códigos penais dos países Europeus é possível enquadrar no procedimento penal e/ou civil.
RESISTIR! RESISTIR! RESISTIR!
M.I.M.A. Associazione MIMA via Filippo Meda 169, 00157 Roma
http://www.mimamobbing.org/
Sobre o Mobbing
http://www.ctoc.pt/downloads/files/1155034857_40a49.pdf
Artigo retirado daqui:
http://aeiou.expressoemprego.pt/scripts/forum/display_topics.asp?ForID=31
Violência moral ou psíquica no trabalho: atitudes ou comportamentos de violência moral ou psíquica em situação de trabalho, segregação e violência repetida ao longo do tempo de maneira sistemática ou habitual, que levam à degradação das condições do ambiente de trabalho, comprometendo a saúde ou o profissionalismo ou ainda a dignidade do trabalho.
Em inglês, "to mob" significa "agredir". Na prática, podemos traduzir isso com duas palavras: vergonhosa intimidação.
Uma verdadeira praga social, um verdadeiro fenómeno de delinquência organizada, com três componentes: a vítima (o "mobizado"), o agressor(es) (Mobbers) e os cúmplices (colegas, que compactuam de forma cobarde com o(s) mobber(s)).
Os efeitos do mobbing sobre a vítima são ansiedade, insônias, falta de apetite ou apetite excessivo, de produtividade, dores fortes de cabeça, tonturas, esgotamento e depressão.
Perfil pessoal da vítima: Colega tímido, sensível, inteligente um pouco mais do que a média, insatisfeito, honesto, pessoa de princípios e valores. Dedicado à instituição ou à empresa e normalmente trabalha acima da média.
Perfil pessoal do mobber: Colega invejoso, de ideias fixas, manipulador, gosta de impor aos outros colegas ideias negativas, gosta de se fazer vítima, expressa-se e influência com facilidade outros colegas. Não gosta da sua profissão e por isso é pouco dedicado, nem gosta dos colegas que se dedicam, por isso conspira e influência outros colegas a terem a mesma atitude contra esses colegas de forma a isolá-los. É certamente uma pessoa com problemas pessoais, de família, é instável mas extrovertida.
O mobbing é usado por colegas de instituições ou empresas que querem afastar outro trabalhador que se tornou um incómodo para eles. Muitas vezes não é a própria empresa nem um superior que exerce o mobbing, acontece muitas vezes ser exercido por alguém que apesar de estar há pouco tempo na empresa ou instituição quer ser promovido, tentando exercer pressão sobre os que trabalham consigo. A técnica é relativamente simples, subtil e camuflada, nas empresas ou instituições, tentam através do esgotamento ou depressão de um colega afastar/aposentar/demitir de forma indirecta.
Na Administração Pública isso é mais difícil, mas não é impossível. Nas empresas ou instituições do Estado é normalmente utilizada uma técnica distinta, começa-se por organizar o mobbing entre vários colegas, de modo a isolar outro(s) colega(s) de tarefas, actividades e até convívios ou festas habituais de modo a afectá-lo psicologicamente. Se a vítima não conseguir resistir, opta pela transferência, que pode parecer uma vantagem para quem é "mobizado", mas na realidade converte-se num erro. Quem sofre por mobbing na Administração Pública vive a tentação de entregar "os pontos" e de deixar-se vencer de maneira fácil, pedindo transferência ou destacamento para outra Instituição, em relação àquele que sofre do mesmo problema numa Empresa privada.
SETE CONSELHOS PARA RESISTIR AO MOBBING:
1) Não se isole, apesar desta ser a sua primeira tendência.
2) Não ceda ao desânimo e à depressão, participe nas actividades ou convívios mesmo que o ignorem.
3) Não pense que é o único, normalmente existem outros colegas vitimas de mobbing.
4) Procure aliados. Isso nem sempre é fácil, porque muitas vezes afastam-se para que o mobbing dirigido a você não se volte também contra eles. O mobbing é transversal, são os próprios colegas que são mobbers ou cumplices
5) Denuncie as ocorrências a outros colegas e à Administração da Empresa.
6) Inscreva-se numa associação contra o Mobbing como a italiana M.I.M.A.
7) Procure as vias legais. Neste caso, recolha documentação, registe as datas horas e pessoas presentes durante as ocorrências e procure um advogado. Na maioria dos códigos penais dos países Europeus é possível enquadrar no procedimento penal e/ou civil.
RESISTIR! RESISTIR! RESISTIR!
M.I.M.A. Associazione MIMA via Filippo Meda 169, 00157 Roma
http://www.mimamobbing.org/
Sobre o Mobbing
http://www.ctoc.pt/downloads/files/1155034857_40a49.pdf
Artigo retirado daqui:
http://aeiou.expressoemprego.pt/scripts/forum/display_topics.asp?ForID=31
quarta-feira, novembro 18, 2009
terça-feira, novembro 17, 2009
Que amor não me engana
Que amor não me engana
Com a sua brandura
Se de antiga chama
Mal vive a amargura
Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noite vazia
E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais se ouve o seu grito
Muito à flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira
Em novas coutadas
Junto de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela Primavera
Assim tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
O nascer do dia
Zeca Afonso
Com a sua brandura
Se de antiga chama
Mal vive a amargura
Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noite vazia
E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais se ouve o seu grito
Muito à flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira
Em novas coutadas
Junto de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela Primavera
Assim tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
O nascer do dia
Zeca Afonso
segunda-feira, novembro 16, 2009
Sonhos
Sonhos em que me entrego a ti e tu estás toda nua.
Sonhos deliciosamente repletos de ternuras, sabores e cheiros encontrados no momento.
Sonhos em que os nossos corpos se entregam ao amor e nos fazem gemer de desejo.
Sonhos em que fico zonzo de excitação, com o sabor dos teus beijos, o cheiro da tua pele, o mel do teu sexo.
Sonhos em que me abraças entre as tuas coxas, apertas-me dentro de ti e ouves o teu macho gemer, gritar o teu nome louco de prazer, enquanto sentes a invasão quente das ejaculações.
Toni
Foto retirada da net
sexta-feira, novembro 13, 2009
quinta-feira, novembro 12, 2009
Ode de Ricardo Reis
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos).
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimentos demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.
Ricardo Reis
Foto retirada da net
quarta-feira, novembro 11, 2009
Ode de Ricardo Reis
Antes de nós nos mesmos arvoredos
Passou o vento, quando havia vento,
E as folhas não falavam
De outro modo do que hoje.
Passamos e agitamo-nos debalde.
Não fazemos mais ruído no que existe
Do que as folhas das árvores
Ou os passos do vento.
Tentemos pois com abandono assíduo
Entregar nosso esforço à Natureza
E não querer mais vida
Que a das árvores verdes.
Inutilmente parecemos grandes.
Salvo nós nada pelo mundo fora
Nos saúda a grandeza
Nem sem querer nos serve.
Se aqui, à beira-mar, o meu indício
Na areia o mar com ondas três o apaga,
Que fará na alta praia
Em que o mar é o Tempo?
Ricardo Reis
Imagem retirada da net
terça-feira, novembro 10, 2009
Ode de Ricardo Reis
Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco de sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
Leis feitas, estátuas vistas, odes findas -
Tudo tem cova sua. Se nós carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.
Ricardo Reis
Imagem retirada da net
segunda-feira, novembro 09, 2009
Ode de Ricardo Reis
sexta-feira, novembro 06, 2009
Nota 10
Na prova do Curso de Química, foi perguntado:
- Qual a diferença entre SOLUÇÃO e DISSOLUÇÃO?
Resposta de um aluno:
- Colocar UM dos Nossos Políticos num Tanque de Ácido é uma DISSOLUÇÃO.
Colocar TODOS é uma SOLUÇÃO.
Recebido por email
- Qual a diferença entre SOLUÇÃO e DISSOLUÇÃO?
Resposta de um aluno:
- Colocar UM dos Nossos Políticos num Tanque de Ácido é uma DISSOLUÇÃO.
Colocar TODOS é uma SOLUÇÃO.
Recebido por email
quinta-feira, novembro 05, 2009
quarta-feira, novembro 04, 2009
P'ra Sempre
terça-feira, novembro 03, 2009
Vem
Estou louco para te amar.
Num longo e terno amor quando, na cama, te encontrar nua.
Os nossos corpos, colados, enlaçam-se na urgência do desejo.
E com toda a pressa do mundo, beijo-te o pescoço, seguro-te os cabelos, digo-te que és linda, deliciosa...
Boca na boca, trocamos os mais ardentes beijos. As nossas línguas bailam, enroscam-se, deslizam, amam-se...
Como se não houvesse tempo, vou descendo com a minha boca, com a minha língua...
Abro-te as pernas e, percorrendo-te com a língua, saboreio-te lentamente, provo-te com prazer, chupo-te, proclamo-te minha.
Rendida, gemes amorosamente, levas-me mais longe, mais fundo... e perco-me, deliciado, nos encantos deste amor.
Toni
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segunda-feira, novembro 02, 2009
sexta-feira, outubro 30, 2009
Mulheres de Atenas
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seu maridos,
orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos,
poder e força de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas
Obscenas
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos,
bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas
Helenas
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos
os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas
Morenas
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos,
heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas
Mirem-se no exemplo
daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos,
orgulho e raça de Atenas
Chico Buarque
quinta-feira, outubro 29, 2009
Coitado! que em um tempo choro e rio
Coitado! que em um tempo choro e rio;
Espero e temo, quero e aborreço;
Juntamente me alegro e entristeço;
Duma cousa confio e desconfio.
Voo sem asas; estou cego e guio;
E no que valho mais menos mereço.
Calo e dou vozes, falo e emudeço,
Nada me contradiz, e eu aporfio.
Queria, se ser pudesse, o impossível;
Queria poder mudar-me e estar quedo;
Usar de liberdade e estar cativo;
Queria que visto fosse e invisível;
Queira desenredar-me e mais me enredo:
Tais os extremos em que triste vivo!
Luis de Camões
Espero e temo, quero e aborreço;
Juntamente me alegro e entristeço;
Duma cousa confio e desconfio.
Voo sem asas; estou cego e guio;
E no que valho mais menos mereço.
Calo e dou vozes, falo e emudeço,
Nada me contradiz, e eu aporfio.
Queria, se ser pudesse, o impossível;
Queria poder mudar-me e estar quedo;
Usar de liberdade e estar cativo;
Queria que visto fosse e invisível;
Queira desenredar-me e mais me enredo:
Tais os extremos em que triste vivo!
Luis de Camões
quarta-feira, outubro 28, 2009
Tudo o que faço ou medito
terça-feira, outubro 27, 2009
Senhora, partem tão tristes
Senhora partem tão tristes
Meu olhos por vós, meu bem
Que nunca tão tristes vistes
Outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
em mil vezes que da vida.
Partem tão tristes, os tristes,
tão fora de esperar bem
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
João Roiz de Castelo Branco
Imagem retirada da net
segunda-feira, outubro 26, 2009
Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Miguel Torga
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sexta-feira, outubro 23, 2009
Short Note
quinta-feira, outubro 22, 2009
Noite mágica
Estás nos meus braços, no meu colo... Vamos perder-nos em horas de paixão.
Sussurro-te entre beijos, carinhos e suspiros, "adoro-te", "quero-te", "desejo-te".
Dispo-te como sonhei, acaricio-te com ternura, beijo todo o teu corpo, demoro-me a lamber a suculência do teu mel.
E esta emoção, incendeia-me o desejo, preciso de ti com urgência.
Quente e alucinado, entre as tuas pernas, percorro o teu pescoço, o teu peito e vou gemendo, "minha querida", "meu amor".
Rápida, incontrolável e desenfreada, a ejaculação explode, vibrante, nas delícias macias do teu interior quente e húmido.
Seguro-te nas ancas, trespassado por intensos e profundos delírios de prazer, tão avassaladores que grito bem alto, com as tuas coxas na minha cintura, a confissão de todo o meu amor.
Toni
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quarta-feira, outubro 21, 2009
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão in Movimento Perpétuo, 1956
Foto retirada da net
terça-feira, outubro 20, 2009
segunda-feira, outubro 19, 2009
Livro de Horas
Aqui diante de mim,
eu, pecador, me confesso
de ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
que vão ao leme da nau
nesta deriva em que vou.
Me confesso
possesso
das virtudes teologais,
que são três,
e dos pecados mortais,
que são sete,
quando a terra não repete
que são mais.
Me confesso
o dono das minhas horas
O das facadas cegas e raivosas,
e o das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo
andanças
do mesmo todo.
Me confesso de ser charco
e luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco
que atira setas acima
e abaixo da minha altura.
Me confesso de ser tudo
que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão
desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.
Me confesso de ser Homem.
De ser um anjo caído
do tal céu que Deus governa;
de ser um monstro saído
do buraco mais fundo da caverna.
Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
para dizer que sou eu
aqui, diante de mim!
Miguel Torga
Foto retirada da net
sexta-feira, outubro 16, 2009
quinta-feira, outubro 15, 2009
Diálogos... (II)
O velho pousou o copo no tampo metálico da mesa.
Enquanto atava e desatava as suas recordações, contemplava placidamente as cores vivas do poente.
A mais recente das recordação, foi porém interrompida pela visão daquela bela mulher.
Focava agora toda a atenção, no cabelo cor de mel até ao meio das costas e no corpo esguio e esbelto que, graciosamente, se sentou a seu lado.
A sua pose irradiava serenidade, mas o olhar, dois sois negros sem brilho, era profundamente escuro e vazio.
Então compreendeu. Aquela mulher alta e bela, estava ali por sua causa.
- Porque te pareces tanto com ela? - perguntou.
- Para não te assustares.
- Queres falar-me...
O olhar negro, sem brilho e vazio, fixou-o. A perspicácia do velho desconcertou-a:
- Não costumo ter oportunidade... Acho que gostam de me manter ocupada.
- Vem comigo. Caminhemos...
A conversa decorreu serena, porém, cheia de curiosidades, como se dois amantes recentes tentassem descobrir o máximo do mundo do outro.
Então, após uma breve pausa, ela afirmou:
- Não foi culpa tua, o que aconteceu.
- Porque dizes isso?
- Porque é o que tu sentes. É da natureza humana...
- Há escolhas certas e há as erradas. E eu acabei com o que me era mais precioso. Disso, sou culpado.
- Um conjunto de circunstâncias que tu nunca podias dominar, assim o determinou. Na hora certa, eu só tinha de estar no lugar certo. E estava... Nunca me atraso.
- Nunca?
- Tudo gira em torno de um equílibrio. Se o perturbamos... Há consequências.
- Então não te atrases comigo.
- Certamente que não. Não abro excepções.
- Não?
- Nunca!
- E não te custa? Quer dizer, em algumas circunstâncias...
- Ás vezes é doloroso fazer o que tem de ser feito. E sim, foi difícil levá-la...
- Vou poder vê-la?
- Suponho que irás encontrá-la.
- Quando voltas... para mim?
- Brevemente...
Toni
Imagem retirada da net
quarta-feira, outubro 14, 2009
Also Sprach Zarathustra
"O Estado é o nome do mais frio de todos os monstros gelados. Aliás, ele mente duma maneira fria e a mentira que sai da sua boca é esta: Eu, o Estado, sou o Povo."
"O Estado mente em todas as línguas acerca de bem e do mal; tudo o que ele diga é mentira, tudo o que ele tenha, é roubo. Nele tudo é falso: morde com dentes roubados, o cão malvado."
F. Nietzsche - Assim falou Zaratustra
Imagem - Gustave Dore
terça-feira, outubro 13, 2009
segunda-feira, outubro 12, 2009
sexta-feira, outubro 09, 2009
Avisos Paroquiais
Avisos afixados nas portas de igrejas, todos eles reais, escritos com muita boa vontade, mas com péssima redacção:
"Quinta-feira, às cinco da tarde, haverá uma reunião do grupo de mães.
Todas as senhoras que desejem formar parte das mães, devem dirigir-se ao escritório do pároco."
"Interessados em participar do grupo de planeamento familiar, entrem pela porta de trás."
"Sexta-feira, às sete, as crianças do Oratório farão uma representação da obra Hamlet, de Shakespeare, no salão da igreja.
Toda a comunidade está convidada para esta tragédia.
"Assunto da catequese de hoje: Jesus caminha sobre as águas.
Assunto da catequese de amanhã: Em busca de Jesus."
"O coro dos maiores de sessenta anos vai ser suspenso durante o Verão, com o agradecimento de toda a paróquia."
"O mês de Novembro terminará com uma missa cantada por todos os defuntos da paróquia."
Recebido por email
"Quinta-feira, às cinco da tarde, haverá uma reunião do grupo de mães.
Todas as senhoras que desejem formar parte das mães, devem dirigir-se ao escritório do pároco."
"Interessados em participar do grupo de planeamento familiar, entrem pela porta de trás."
"Sexta-feira, às sete, as crianças do Oratório farão uma representação da obra Hamlet, de Shakespeare, no salão da igreja.
Toda a comunidade está convidada para esta tragédia.
"Assunto da catequese de hoje: Jesus caminha sobre as águas.
Assunto da catequese de amanhã: Em busca de Jesus."
"O coro dos maiores de sessenta anos vai ser suspenso durante o Verão, com o agradecimento de toda a paróquia."
"O mês de Novembro terminará com uma missa cantada por todos os defuntos da paróquia."
Recebido por email
quinta-feira, outubro 08, 2009
Mudam-se os tempos
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luis de Camões
Foto retirada da net
quarta-feira, outubro 07, 2009
Quero...
Cair nos teu braços, afundar-me nos teus olhos, enlouquecer com os teus beijos, perder-me na tua alma.
Viver contigo momentos cheios de paixão, sussurrar o teu nome, com palavras de amor.
Amar-te nua, amar-te sem dia, sem hora, sem medo, sem limites.
Gemer e gritar por ti nos delírios do prazer.
Conhecer todas as estrelas do universo estando dentro de ti.
Inundar-te de amor com muita ternura, paixão e desejo.
Toni
Foto retirada da net
terça-feira, outubro 06, 2009
1979 vs. 2009
Situação:
O fim das férias.
1979: Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia seguinte vai-se trabalhar.
2009: Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e caganeira.
Situação:
Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno.
1979: Não se passa nada.
2009: As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.
Situação:
O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas, assim que entra no colégio mostra uma navalha ao João, com a qual espera poder fazer uma fisga.
1979: O director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
2009: A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.
Situação:
O Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas.
1979: Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.
2009: A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar. O Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar a Moura-Guedes à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.
Situação:
O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os colegas
1979: Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
2009: Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.
Situação:
O Luís parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto e espeta-lhe umas chicotadas com este.
1979: O Luís tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
2009: Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.
Situação:
O Zezinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho. A sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria abraça-o para o consolar.
1979: Passado pouco tempo, o Zezinho sente-se melhor e continua a correr.
2009: A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego. Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zezinho passa 5 anos de terapia em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, caiem cima de um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.
Situação:
Um menino branco e um menino negro andam à batatada por um ter chamado 'chocolate' ao outro.
1979: Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa. Amanhã são colegas.
2009: A TVI envia os seus melhores correspondentes. A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.
Situação:
Fazias uma asneira na sala de aula.
1979: O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque 'alguma deves ter feito'
2009: Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.
Recebido por email
O fim das férias.
1979: Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia seguinte vai-se trabalhar.
2009: Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e caganeira.
Situação:
Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno.
1979: Não se passa nada.
2009: As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.
Situação:
O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas, assim que entra no colégio mostra uma navalha ao João, com a qual espera poder fazer uma fisga.
1979: O director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
2009: A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.
Situação:
O Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas.
1979: Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.
2009: A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar. O Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar a Moura-Guedes à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.
Situação:
O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os colegas
1979: Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
2009: Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.
Situação:
O Luís parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto e espeta-lhe umas chicotadas com este.
1979: O Luís tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
2009: Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.
Situação:
O Zezinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho. A sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria abraça-o para o consolar.
1979: Passado pouco tempo, o Zezinho sente-se melhor e continua a correr.
2009: A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego. Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zezinho passa 5 anos de terapia em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, caiem cima de um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.
Situação:
Um menino branco e um menino negro andam à batatada por um ter chamado 'chocolate' ao outro.
1979: Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa. Amanhã são colegas.
2009: A TVI envia os seus melhores correspondentes. A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.
Situação:
Fazias uma asneira na sala de aula.
1979: O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque 'alguma deves ter feito'
2009: Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.
Recebido por email
sexta-feira, outubro 02, 2009
quinta-feira, outubro 01, 2009
quarta-feira, setembro 30, 2009
terça-feira, setembro 29, 2009
segunda-feira, setembro 28, 2009
sexta-feira, setembro 25, 2009
O estado a que isto chegou
Na madrugada de 25 de Abril de 1974, na parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, o capitão Salgueiro Maia falou assim aos soldados:
"Há diversas modalidades de Estado: Os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou!
Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto.
Quem é voluntário, sai e forma. Quem não quiser vir, não é obrigado e fica aqui."
Foto retirada da net
quinta-feira, setembro 24, 2009
País de bananas governado por sacanas
Quando há um século e meio atrás o rei D. Carlos afirmou "isto é um país de bananas governado por sacanas", tinha certamente razão na sua análise.
O que ele não previu, é que sua análise mais de um século depois, continuaria manifestamente actual...
Por um lado, o poder a procurar manter-se a todo o custo, onde "os sacanas" se governam, enquanto o resto dos portugueses que os legitimam através de eleições, "os bananas", se mostram incapazes de agir contra este estado de coisas, acabando com as mordomias destes verdadeiros “lordes”.
Por volta de 1910, Fialho de Almeida resumia assim o que ia na alma das classes cultas portuguesas acerca do resto da população:
"A turba acéfala, alternadamente feroz e sentimental (tarada em todo o caso), que em Portugal faz as vezes de povo, é uma força de inércia sem a menor consciência de si própria, e que no estado de bestialidade africana em que jaz, tão cedo não pode ter papel na marcha do país".
Nada mais actual...
Adaptado do texto original aqui:
http://portugaldescrente.blogspot.com/
O que ele não previu, é que sua análise mais de um século depois, continuaria manifestamente actual...
Por um lado, o poder a procurar manter-se a todo o custo, onde "os sacanas" se governam, enquanto o resto dos portugueses que os legitimam através de eleições, "os bananas", se mostram incapazes de agir contra este estado de coisas, acabando com as mordomias destes verdadeiros “lordes”.
Por volta de 1910, Fialho de Almeida resumia assim o que ia na alma das classes cultas portuguesas acerca do resto da população:
"A turba acéfala, alternadamente feroz e sentimental (tarada em todo o caso), que em Portugal faz as vezes de povo, é uma força de inércia sem a menor consciência de si própria, e que no estado de bestialidade africana em que jaz, tão cedo não pode ter papel na marcha do país".
Nada mais actual...
Adaptado do texto original aqui:
http://portugaldescrente.blogspot.com/
quarta-feira, setembro 23, 2009
terça-feira, setembro 22, 2009
Pobres, mas tão felizes...
No final do estudo Necessidades em Portugal - Tradição e tendências emergentes, os investigadores viram-se perante um país socialmente muito frágil, pouco capaz de se mobilizar individual e socialmente. Mas, apesar disso, com altos níveis de satisfação e felicidade.
Teresa Costa Pinto, socióloga do Centro de Estudos Territoriais, do ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa), diz que a investigação trouxe novidades: "Algumas dimensões da privação alargam-se a outros grupos que não estariam nos 20 por cento de pobres".
Cerca de um terço da população vive "um contexto de precariedade" e está preocupado "com a sua sobrevivência", indicam os resultados. A impossibilidade de pagar uma semana de férias fora, manter a casa aquecida (32,6 por cento não o conseguem) ou não usufruir da baixa médica total por razões económicas, ultrapassam em muito os 20 por cento de pobres.
O índice resultante do inquérito diz que 35 por cento dos portugueses têm uma privação alta ou média. Mais de metade (57 por cento) tem um orçamento familiar abaixo dos 900 euros.
Os mais jovens começam a enfrentar situações de vulnerabilidade; e as qualificações superiores também já não garantem emprego seguro.
Estas condições deficientes ou más coincidem com o nível de satisfação com a vida: em Portugal, ele é dos mais baixos, comparado com outros países da União Europeia. Mas o grau de satisfação (6,6 numa escala de 1 a 10) está claramente acima do ponto médio da escala, tal como o da felicidade (que chega aos 7,3 em 10).
São os mais novos e os mais qualificados que reagem de outra maneira. "Já incorporaram a ideia de que a formação é para toda a vida", diz Teresa Costa Pinto. O que pode indiciar que por aqui se pode quebrar o círculo vicioso da falta de qualificação, emprego mal remunerado, situação de maior vulnerabilidade social, pobreza.
Somos uma sociedade pouco motivada para mudanças pessoais e colectivas, factor aduzido pelos elevados níveis de desconfiança em relação aos outros e às instituições governamentais, nomeadamente, que merecem pouca ou nenhuma confiança em 70 por cento dos casos. "As sociedades com baixo grau de confiança nos outros são as que se desmembram mais depressa", observa Isabel Guerra, também coordenadora científica do estudo.
Em síntese, os investigadores destacam dois tipos de necessidades:
As que se relacionam com o funcionamento do mercado de trabalho e das políticas sociais; e as que traduzem a incapacidade de criar o sentimento de "pertença a uma comunidade de cidadãos colectivamente responsáveis".
Uma sociedade que precisa de reforçar "as dimensões mais racionais, colectivas e organizacionais" que configuram as sociedades ocidentais modernas. "É praticamente inexistente o potencial para mudar", observa Isabel Guerra.
In "Público"
Porquê?
Remanescências da ditadura, ou estrondosa incompetência da democracia?
Teresa Costa Pinto, socióloga do Centro de Estudos Territoriais, do ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa), diz que a investigação trouxe novidades: "Algumas dimensões da privação alargam-se a outros grupos que não estariam nos 20 por cento de pobres".
Cerca de um terço da população vive "um contexto de precariedade" e está preocupado "com a sua sobrevivência", indicam os resultados. A impossibilidade de pagar uma semana de férias fora, manter a casa aquecida (32,6 por cento não o conseguem) ou não usufruir da baixa médica total por razões económicas, ultrapassam em muito os 20 por cento de pobres.
O índice resultante do inquérito diz que 35 por cento dos portugueses têm uma privação alta ou média. Mais de metade (57 por cento) tem um orçamento familiar abaixo dos 900 euros.
Os mais jovens começam a enfrentar situações de vulnerabilidade; e as qualificações superiores também já não garantem emprego seguro.
Estas condições deficientes ou más coincidem com o nível de satisfação com a vida: em Portugal, ele é dos mais baixos, comparado com outros países da União Europeia. Mas o grau de satisfação (6,6 numa escala de 1 a 10) está claramente acima do ponto médio da escala, tal como o da felicidade (que chega aos 7,3 em 10).
São os mais novos e os mais qualificados que reagem de outra maneira. "Já incorporaram a ideia de que a formação é para toda a vida", diz Teresa Costa Pinto. O que pode indiciar que por aqui se pode quebrar o círculo vicioso da falta de qualificação, emprego mal remunerado, situação de maior vulnerabilidade social, pobreza.
Somos uma sociedade pouco motivada para mudanças pessoais e colectivas, factor aduzido pelos elevados níveis de desconfiança em relação aos outros e às instituições governamentais, nomeadamente, que merecem pouca ou nenhuma confiança em 70 por cento dos casos. "As sociedades com baixo grau de confiança nos outros são as que se desmembram mais depressa", observa Isabel Guerra, também coordenadora científica do estudo.
Em síntese, os investigadores destacam dois tipos de necessidades:
As que se relacionam com o funcionamento do mercado de trabalho e das políticas sociais; e as que traduzem a incapacidade de criar o sentimento de "pertença a uma comunidade de cidadãos colectivamente responsáveis".
Uma sociedade que precisa de reforçar "as dimensões mais racionais, colectivas e organizacionais" que configuram as sociedades ocidentais modernas. "É praticamente inexistente o potencial para mudar", observa Isabel Guerra.
In "Público"
Porquê?
Remanescências da ditadura, ou estrondosa incompetência da democracia?
segunda-feira, setembro 21, 2009
Legislativas 2009
É isto que se espera?
Juntar-se ao rebanho, votar numa qualquer Rosa ou Laranja como bons carneirinhos?
Vamos lá então, durante esta semana, recordar alguns factos sobre este verdadeiro "paraíso" ou "oásis" que é Portugal.
Primeiro facto: PS e PSD alternam na governação há 33 anos...
Como tal, nenhum deles tem qualquer responsabilidade na situação actual. Nada mais óbvio!!
Toni
Imagem retirada da net
sexta-feira, setembro 18, 2009
Apesar de você
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
Chico Buarque
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
Chico Buarque
quinta-feira, setembro 17, 2009
O que será
O que será que será
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças, anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na natureza
Será que será
O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho
O que será que será
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Está no dia-a-dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos, será que será
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido
O que será que será
Que todos os avisos não vão evitar
Porque todos os risos vão desafiar
Porque todos os sinos irão repicar
Porque todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo o padre eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo
Chico Buarque
Foto retirada da net
quarta-feira, setembro 16, 2009
Frase do dia
terça-feira, setembro 15, 2009
O que é ser engenheiro
- Trabalhas em horários estranhos (como as putas)
- Pagam-te para fazer o cliente feliz (como as putas)
- O cliente às vezes até paga bem, mas o chefe fica com quase tudo (como as putas)
- O trabalho vai sempre além do expediente (como as putas)
- És recompensado se realizares as ideias do cliente (como as putas)
- Os amigos distanciam-se e só andas com outros como tu (como as putas)
- Quando vais ao encontro do cliente tens que estar sempre apresentável (como as putas)
- Mas quando voltas pareces saído do Inferno (como as putas)
- O cliente quer sempre pagar menos, mas espera que faças maravilhas (como as putas)
- Quando te perguntam em que é que trabalhas, tens dificuldade em explicar (como as putas)
- Se as coisas correm mal, a culpa é sempre tua (como as putas)
- Tu tens todo o trabalho, mas é o chefe que tem um grande carro (como as putas)
- Todo os dias ao acordar dizes: "NÃO VOU PASSAR O RESTO DA VIDA A FAZER ISTO" (como as putas)
Recebido por email
- Pagam-te para fazer o cliente feliz (como as putas)
- O cliente às vezes até paga bem, mas o chefe fica com quase tudo (como as putas)
- O trabalho vai sempre além do expediente (como as putas)
- És recompensado se realizares as ideias do cliente (como as putas)
- Os amigos distanciam-se e só andas com outros como tu (como as putas)
- Quando vais ao encontro do cliente tens que estar sempre apresentável (como as putas)
- Mas quando voltas pareces saído do Inferno (como as putas)
- O cliente quer sempre pagar menos, mas espera que faças maravilhas (como as putas)
- Quando te perguntam em que é que trabalhas, tens dificuldade em explicar (como as putas)
- Se as coisas correm mal, a culpa é sempre tua (como as putas)
- Tu tens todo o trabalho, mas é o chefe que tem um grande carro (como as putas)
- Todo os dias ao acordar dizes: "NÃO VOU PASSAR O RESTO DA VIDA A FAZER ISTO" (como as putas)
Recebido por email
segunda-feira, setembro 14, 2009
sexta-feira, setembro 11, 2009
quinta-feira, setembro 10, 2009
O Infante
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português,
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal.
Fernando Pessoa
Imagem retirada da net
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