quarta-feira, abril 30, 2008
Circo de feras
A vida vai torta
Jamais se indireita
O azar persegue
Enconde-se á espreita
Nunca dei um passo
Que fosse o correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo
E enquanto esperava no fundo da rua
Pensava em ti e em que sorte era a tua
Quero-te tanto...
Quero-te tanto...
Do modo que a vida
É um circo de feras
E os entretantos
São as minhas esperas
Nunca dei um passo
Que fosse o correcto
Eu nunca fiz nada
Que batesse certo
Xutos & Pontapés
Imagem retirada da net
segunda-feira, abril 28, 2008
Eu sei que vou te amar
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há-de apagar
O que essa tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Nelson Gonçalves
Vinícius de Morais/Tom Jobim
Foto retirada da net
sábado, abril 26, 2008
Guernica
A 26 de Abril de 1937, durante a guerra civil espanhola, a aviação alemã bombardeia Guernica no País Basco.
Picasso criou esta pintura a preto e branco onde retrata pessoas, animais e edifícios destruídos pelo intenso bombardeamento da Luftwaffe.
Imagem retirada da net
sexta-feira, abril 25, 2008
E depois do Adeus
Tudo começou quando esta canção serviu de senha
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
José Niza
Cantado por Paulo da Carvalho
Imagem retirada da net
quinta-feira, abril 24, 2008
A Revolução dos Cravos
Este é o mês em que Portugal viveu uma revolução única no mundo.
Há 34 anos, esta revolução trouxe a única realidade que muitos de nós conhecemos: Liberdade e Democracia.
Eu sou um desses priveligiados.
Por isso, a todos aqueles que sonharam, lutaram e morreram por esta realidade, o meu mais profundo e sincero agradecimento. Bem hajam.
Toni
Imagem retirada da net
segunda-feira, abril 21, 2008
Desejos sonhados
Quero sentir a tua boca, os teus lábios, a tua língua ganhando vida própria, exigindo para me provar.
Vais excitar-me e sentir o meu desejo crescente, deixar-me ofegante, a suplicar por ti.
Todo o meu corpo se agita. E pela forma com estou a gemer, sabes que a explosão está iminente, mas não paras.
Então, gritando o teu nome, entro em erupção.
Nesse momento, jorros de esperma invadem a tua boca, revelando-te o sabor do meu delírio.
Depois amor, podes beijar-me apaixonadamente.
Toni
Foto retirada da net
Bairro do Oriente
Tenho à janela
Uma velha cornucópia
Cheia de alfazema
E orquídeas da Etiópia
Tenho um transistor ao pé da cama
Com sons de harpas e oboés
E cantigas de outras terras
Que percorri de lés-a-lés
Tenho uma lamparina
Que trouxe das arábias
Para te amar à luz do azeite
Num Kamasutra de noites sábias
Tenho junto ao psyché
Um grande cachimbo d'água
Que sentados no canapé
Fumamos ao cair da mágoa
Tenho um astrolábio
Que me deram beduínos
Para medir no firmamento
Os teus olhos astralinos
Vem vem à minha casa
Rebolar na cama e no jardim
Acender a ignomínia
E a má língua do código pasquim
Que nos condena numa alínea
A ter sexo de querubim
Carlos Tê / Rui Veloso
Imagem retirada da net
quinta-feira, abril 17, 2008
Este nosso amor
Inflama-se no fogo do Desejo e arde em chamas de Paixão.
Encanta-se com os carinhos que trocamos, derrete-se nas palavras que dizemos.
Enlouquece de saudades, desespera por beijos quentes, molhados, apaixonados.
Sonha com faces coradas, bocas coladas, corações acelerados, carícias carregadas de ternura.
Vive privado de respirações ofegantes e de gemidos constantes.
Suplica, na atrocidade da tortura, que seja consumado.
Toni
Imagem retirada da net
Lágrima
Cheia de penas me deito
E com mais penas me levanto
Já me ficou no meu peito
O jeito de te querer tanto
Tenho por meu desespero
Dentro de mim o castigo
Eu digo que não te quero
E de noite sonho contigo
Se considero que um dia hei-de morrer
No desespero que tenho de te não ver
Estendo o meu xaile no chão
E deixo-me adormecer
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias de chorar
Por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar
Amália Rodrigues
Foto retirada da net
Amanheceu
Realizaste-me.
Senti o indescritível prazer de te amar. Primeiro com urgência e calor, depois com desejo e paixão. Finalmente, de ardências amainadas, fui todo amor por ti e levei-nos ao Paraíso dos amantes.
Agora, pela primeira vez, acordo a teu lado.
Ainda sinto o gosto dos beijos, os corações acelerados. Ainda ouço as respirações ofegantes, os gemidos...
Ainda pairam no meu corpo os vestígios das explosões de prazer que provocaste.
E este amor, que me queimava a alma, foi enfim consumado após as mais ternas e intensas, profundas e sublimes horas de paixão da minha vida.
Toni
Foto retirada da net
quarta-feira, abril 16, 2008
Nós dois
Subjugados pelo desejo, arrebatados pela paixão, beijamo-nos sofregamente, despimo-nos urgentemente.
Provo-te, saboreio-te e tenho-te, sinto nas minhas mãos cada curva do teu corpo.
Vivemos horas de prazer e de querer, envolvidos no calor dos mais belos momentos de amor.
Finalmente, posso amar-te completamente, gemer e gritar o teu nome entre as tuas pernas.
Toni
Foto retirada da net
terça-feira, abril 15, 2008
Modo de amar – XV
(A boca – A rosa)
Entreabre-se a boca
na saliva da rosa
no raso da fenda
na fissura das pernas
Entreabre-se a rosa
na boca que descerra
no topo do corpo
a rosa entreaberta
E prolonga-se a haste
a língua na fissura
na boca da rosa
na caverna das pernas
que aí se entre-curva
se afunda
se perde
se entreabre a rosa
entre a boca
das pétalas
Maria Teresa Horta
Foto retirada da net
Modo de amar – XIV
(As rosas nos joelhos)
São grinaldas de rosas
à roda
dos joelhos
O âmbar dos teus dentes
nos sentidos
O templo da boca
no côncavo do espelho
onde o meu corpo espia
os teus gemidos
É o gomo depois...
e em seguida a polpa...
o penetrar do dedo...
O punho do punhal
que na carne enterras
docemente
como quem adormenta
o que é fatal
É a urze debaixo
e o fogo que acalenta
o peixe
que desliza no umbigo
piscina funda
na boca mais sedenta bordada a cuspo
na pele do umbigo
E se desdigo a febre
dos teus olhos
logo me entrego à febre
do teu ventre
que vai vencendo
as rosas – os escolhos
à roda dos joelhos, docemente.
Maria Teresa Horta
Foto retirada da net
segunda-feira, abril 14, 2008
Modo de amar – XIII
(As pedras – As pernas)
São as pedras
meus seios
São as pernas
pele e brandura
no interior dos
lábios
rosa de leite
que sobe devagar
na doce pedra
do muco dos meus lábios
São as pedras
meus seios
São as pernas
Pêssegos nus corpo
descascados
Saliva acesa
que a língua vai cedendo
o gozo em cima...
na pedra dos meus
lábios
Jogo do corpo
a roçar o tempo
que já passado só se de memória,
a mão dolente
como quem masturba entre os joelhos...
uma longa história...
Estrada ocupada
onde se vislumbra
(joelhos desviados na almofada )
assim aberta o fim de que desfruta
o fruto do odor
o fundo todo
do corpo já fechado.
Maria Teresa Horta
Foto retirada da net
Modo de amar
Modo de amar – XII
(Os testículos)
Tenho nas mãos
teus testículos
e a boca já tão perto
que deles te sinto
o vício
num gosto de vinho aberto
Modo de amar – XI
(Teu Baixo ventre)
Nunca adormece a boca no
teu peito
a minha boca no teu baixo
ventre
a beber devagar o que é
desfeito
Maria Teresa Horta
Foto retirada da net
sexta-feira, abril 11, 2008
Tourada
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram as canções.
Ary dos Santos
Cantado por Fernando Tordo
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Momentos
Quero-te só para mim quando não posso.
Procuro-te para, encontrando-te, poder perder-me em ti. E quando as tuas mãos e a tua boca, são a minha unica roupa, fazes-me voar até ao céu, até às estrelas, levas-me à loucura, ao limite, fazes-me gemer de paixão por ti...
São os nossos momentos a sós, que preenchemos de amor...
Toni
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Trova do vento que passa
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
(...)
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão
Silêncio é tudo o que tem
quem vive na servidão.
(...)
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
(...)
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
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quarta-feira, abril 09, 2008
terça-feira, abril 08, 2008
Meu desejo
Saborear-te devagar, explorar a tua essência com a minha língua.
Sentir o teu sabor de mulher inundar a minha boca.
E tu, gemendo de amor, seres totalmente minha.
Toni
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segunda-feira, abril 07, 2008
Amor à chuva
...
Chuva de prata que cai sem parar
Quase me mata de tanto esperar
Um beijo molhado de luz
Sela o nosso amor
...
Sandy & Junior
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sexta-feira, abril 04, 2008
Velho
Parado e atento à raiva do silêncio...
de um relógio partido e gasto pelo tempo
estava um velho sentado no banco de um jardim
a recordar fragmentos do passado
na telefonia tocava uma velha canção...
e um jovem cantor falava da solidão
que sabes tu do canto de estar só assim
só e abandonado como o velho do jardim?
o olhar triste e cansado procurando alguém
e a gente passa ao teu lado a olhar-te com desdém
sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver
a imagem da solidão que irão viver
quando forem como tu
um resto de tudo o que existiu
quando forem como tu
um velho sentado num jardim
passam os dias e sentes que és um perdedor
já não consegues saber o que tem ou não valor
o teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim
para dares lugar a outro no teu banco do jardim
Mafalda Veiga - Pássaros do Sul
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terça-feira, abril 01, 2008
Sonhando contigo
Fecho os olhos. Deixo-me levar pelo sonho.
Como por magia, sinto o teu perfume e o teu sorriso no ar.
Entrego-me ao aroma da tua pele quente e ao teu sabor a desejo urgente. E sinto os nossos corpos entrelaçados, as nossas línguas envolvidas em laços de paixão.
A minha boca procura a tua fonte de desejo, a humidade do teu sexo. E recebo os teus gemidos constantes, a tua respiração ofegante, o teu mel escorrendo abundante.
Penetro-te sofrego de desejo. Quero tanto fazer amor contigo.
Sentes que me levas a delírios fulgurantes de prazer, gemo intensamente com as delícias de te possuir.
E o teu nome ecoa sobre nós, quando és inundada com paixão e amor pelo esperma que derramo dentro de ti.
Então, ouvi baixinho no meu ouvido:
- Amor, quero ser tua... outra vez...
Toni
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Amor e Sexo
Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...
Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade
Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois
Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...
Rita Lee
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