sexta-feira, fevereiro 26, 2016

quarta-feira, fevereiro 24, 2016

segunda-feira, fevereiro 22, 2016

Pára-me de repente o pensamento





Pára-me de repente o pensamento 
Como que de repente refreado 
Na doida correria em que levado 
Ia em busca da paz, do esquecimento... 

Pára surpreso, escutador, atento, 
Como pára um cavalo alucinado 
Ante um abismo súbito rasgado... 
Pára e fica e demora-se um momento. 

Pára e fica na doida correria... 
Pára à beira do abismo e se demora 
E mergulha na noite escura e fria 

Um olhar de aço que essa noite explora... 
Mas a espora da dor seu flanco estria 
E ele galga e prossegue sob a espora. 


Ângelo de Lima
Imagem retirada da net