sexta-feira, fevereiro 28, 2014
quarta-feira, fevereiro 26, 2014
quarta-feira, fevereiro 19, 2014
segunda-feira, fevereiro 17, 2014
Risco
E então chegou o dia,
em que o risco
de permanecer firme
em botão
era mais doloroso
que o risco
de tornar-se
flor.
Anaïs Nin
Imagem retirada da net
sexta-feira, fevereiro 14, 2014
segunda-feira, fevereiro 10, 2014
sexta-feira, fevereiro 07, 2014
quarta-feira, fevereiro 05, 2014
A Cama, as Mulheres e o Pecado
Odeio, todos os que comigo convivem de perto (ou, para bem da saúde do seu nariz, relativamente perto) o sabem, conduzir. Excepto, e neste ponto até a Sharon Stone o comprovará, na cama.
Na cama, o único trânsito a ter em conta é, alguns casos, o intestinal. Na cama, não há regras. É o salve-se quem puder. Ou melhor: é o venha-se quem souber. A cama é, no fundo, como uma verdadeira selva. Sobretudo para quem tem, como companheiro, o Tony Ramos.
A cama é uma sociedade dentro da sociedade. Mas sem hipocrisias.
Na cama, as tias são leoas. Os senhores são leões. E o George Michael continua a ser homossexual. E eu próprio continuo, eu sei, a ser imbecil.
A cama é a sociedade de dentro. A sociedade verdadeira. Ser hipócrita na cama vale o mesmo que ser hipócrita fora da cama. Ou, se for no “Passerelle” – e se incluir uma table-dance para abrir as hostilidades –, vale mais umas largas centenas (ou milhares) de euros.
Uma mulher louca na cama é uma mulher louca na mesa – por mais que o Marco Paulo insista em dizer o contrário. A loucura não é visual – simplesmente é. E se é na cama é na mesa. Ou em qualquer outro lado – pelo menos para quem não tem, ainda, problemas ao nível da coluna.
Um dia, alguém de grande capacidade intelectual (e ainda maior beleza física*) disse que a cama é a verdadeira igreja, onde todos os pecados, na sua plenitude, se expiam (e espiam, no caso dos voyeurs). Onde todas as verdades vêm ao de cima. Ou, nos casos em que o stock de “Viagra”, inesperadamente, entra em ruptura, ao de baixo.
É na cama que as grandes traições se cometem. Mas é nas grandes traições que estão as grandes verdades. A cama liberta, desprende de amarras. Pelo menos quando a nossa companheira abre, finalmente e por alguns momentos, as algemas.
Aproveito, em jeito de conclusão, para pedir desculpa, e paciência, aos meus colegas que, na redacção, terão a hercúlea tarefa de descodificar estes gatafunhos, quase indecifráveis, que lhes envio nesta folha amarrotada. Maldito colchão de água, caneco!
* julgo, agora que penso bem nisso, que esse alguém terei sido, curiosamente, eu.
Pedro Chagas Freitas
Foto retirada da net
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