segunda-feira, janeiro 30, 2012
A Penumbra
Uma noite em claro estou, eu não sei rezar
Pensamento inútil vou tentar-me anular
Fiquei triste, triste sou, eu não sei rezar
Vem que a alma se afunda
Nesta imensa penumbra
Que a noite me está morrendo
Que a noite me está morrendo
Minha noite um brilho tem, um sinal plebeu
Não tenho malícia mãe, o descuido é teu
O amor não se nega nem a quem nega o seu
Uma noite em claro estou a saber de mim
À flor da minh’alma sou princípio do fim
Quem me prendeu, quem me amou
Não cuidou de mim
Jorge Fernando
Ana Moura - Leva-me aos Fados
sexta-feira, janeiro 27, 2012
O Sr. Silva...
Não consegue fazer face às despesas com 6.800 (seis mil e oitocentos) euros mensais...
Foto retirada da net
Foto retirada da net
quarta-feira, janeiro 25, 2012
segunda-feira, janeiro 23, 2012
sexta-feira, janeiro 20, 2012
quarta-feira, janeiro 18, 2012
Simplesmente perfeito!
Na minha próxima vida, quero viver de trás para frente.
Começar morto, para despachar logo o assunto.
Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa.
Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia.
Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo.
E depois, estar pronto para o secundário e para o básico, antes de me tornar criança e só brincar, sem nenhumas responsabilidades. Então, tornar-me um bébé inocente até nascer.
Por fim, passo nove meses flutuando num "spa" de luxo, com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e com um espaço maior por cada dia que passa, e depois - "Voilà! - desapareço num orgasmo.
Woody Allen
Fot retirada da net
segunda-feira, janeiro 16, 2012
Só entre nós
O beijo anuncia-se.
Já não consigo resistir-te...
Olhos nos olhos, percebes que desejo a tua boca.
E os teus lábios deixam-se colar aos meus, deixam passar a minha língua... E como é bom encontrar a tua...
De línguas enlaçadas, deslizando uma na outra, liberta-se o amor num beijo cheio de paixão.
Nem sei como, consigo interromper para um apressado "Amo-te tanto..."
E logo as bocas se unem, continuando o mais delicioso dos beijos. O beijo da mulher amada.
Nessa tarde, em que pela primeira vez, te acariciei, não sei quantas vezes me declarei.
E a primeira vez que te despi, não sei quantas vezes te vesti de beijos.
Não sei quantas vezes quis o teu mel, a primeira vez que te provei.
Não sei o quanto gemi por ti, a primeira vez que te penetrei.
Sei que, a primeira vez que me fizeste teu, entreguei-me completamente.
Fiz-te saber como gemo por amor. Fiz-te saber que, dentro de ti, não delirei só de prazer.
Nessa tarde soubeste que, apertavas entre as tuas pernas, o mais profundo amor por ti.
Toni
Foto retirada da net
sexta-feira, janeiro 13, 2012
quarta-feira, janeiro 11, 2012
segunda-feira, janeiro 09, 2012
Vamos seguir o exemplo?
Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (8:00) e acaba cedo (15:30). Os pais noruegueses, têm uma parte significativa dos seus dias para proporcionarem aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou playstation. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.
A riqueza que produzem, garante-lhes o maior nível salarial da Europa, que é também, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas, estádios de futebol ou auto-estradas. Só têm 660 quilómetros dessas "alavancas de progresso".
Na Noruega, a fuga ao fisco não é uma "vantagem competitiva". Ali, o cruzamento de dados "devassa" as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as "ofertas" de património a familiares.
Mais do que os costumeiros "bons negócios", deviam os empresários portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos. Um correspondente da TSF naquele país, assegura que os ministros não se medem pela alta cilindrada das suas frotas.
Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes.
Os noruegueses sabem que não se "projecta o nome do país" com despesismos faraónicos. Basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade.
Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratar milhões de euros para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.
Até os clubes de futebol noruegueses, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores quatrocentos salários mínimos por mês para que eles joguem à bola.
Nas gélidas terras dos vikings também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu.
Não andam de jipe e óculos escuros. Não se queixam do "excessivo peso do Estado", para depois exigirem isenções e subsídios.
É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós. Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.
Recebido por email
Foto retirada da net
sexta-feira, janeiro 06, 2012
quarta-feira, janeiro 04, 2012
A Vaca
Um velho mestre decidiu ir ter com o seu discípulo visitar a aldeia mais pobre entre as aldeias mais pobres da região. Quando chegou, dirigiu-se ao casebre mais miserável de todos.
Assim, o mestre e o discípulo entraram numa casa de pouco mais de seis metros quadrados na qual vivia pobremente uma família composta pelo pai, pela mãe, quatro filhos e dois avós. Contudo, apesar da penúria, aquela família possuía um bem, extraordinário, tendo em conta aquelas circunstâncias: uma vaca faminta cujo escasso leite lhes servia de alimento, insuficiente, é certo, mas o único que tinham.
O pai, pobre mas hospitaleiro, convidou o mestre e o discípulo para passarem a noite com eles. No dia seguinte, muito cedo, assegurando-se de que não acordava ninguém, o mestre disse em voz baixa ao discípulo:
- Chegou a hora da lição.
O mestre, sob o olhar atónito do discípulo, sacou de uma adaga e degolou a pobre vaca.
- Que espécie de lição é que deixa uma família sem nada de nada? – Queixou-se o jovem discípulo.
- Regressemos a casa – foi a única resposta do mestre.
Um ano mais tarde...
Mestre e discípulo voltaram à aldeia para saber o que tinha acontecido àquela família. Mas, no lugar onde antes estava o casebre miserável e sujo, erguia-se agora uma casa grande, limpa e bastante luxuosa.
Viram sair o pai. Estava bem vestido. Cheio de orgulho e com alguns quilos a mais.
O homem, que não suspeitava de que o mestre e o discípulo tivessem sido os responsáveis pela morte da sua vaca, contou-lhes que, no dia em que tinham partido, algum invejoso tinha degolado selvaticamente o pobre animal.
- Aquela vaca era o nosso sustento. Toda a gente nos respeitava porque tínhamos algum leite. Quando vimos a vaca morta, percebemos que estávamos em verdadeiros apuros e que teríamos de reagir. E foi o que fizemos. Decidimos limpar o pátio que existe nas traseiras da casa, conseguimos algumas sementes e semeámos batatas e alguns legumes para comermos. Passado pouco tempo, percebemos que a nossa quinta produzia mais do que necessitávamos e começámos a vender. E, com os lucros, comprámos mais sementes, e assim tem sido até hoje. Acabo de comprar a casa em frente para plantar mais batatas e hortaliças e algumas…
Enquanto o orgulhoso pai continuava a falar sem parar, o discípulo deu-se conta de que aquela vaca tinha sido durante muito tempo não apenas o seu único bem, mas também a corrente que mantinha toda a família presa a uma vida de conformismo e de mediocridade.
Gabriel García de Oro (2011) - StoryTelling - A Magia das Palavras
(Fábula inspirada na versão do Dr. Camilo Cruz)
A mensagem
Mesmo que inconscientemente, temos sempre algo na nossa vida que nos serve de desculpa para não darmos o “próximo passo”. A maioria das pessoas tem a sua própria Vaca que as sustenta mas ao mesmo tempo as impede de crescer e evoluir.
"A vaca representa todo o pretexto, justificação, mentira, racionalização, medo ou falsa crença que nos mantém presos a uma vida de mediocridade e nos impede de atingir a qualidade de vida que realmente merecemos. Em geral, toda a vaca pertence a uma destas duas categorias: as desculpas e as atitudes limitadoras"
(Camilo Cruz, 2008)
Temos que assumir o risco e sair da nossa zona de conforto.
Nem tudo é fácil, para chegar mais longe temos que atravessar caminhos nem sempre agradáveis mas, com persistência, foco e dedicação, tudo é possível.
Recebido por email
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segunda-feira, janeiro 02, 2012
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