quarta-feira, junho 29, 2011
Óyeme con los ojos
Óyeme con los ojos, ya que están tan distantes los oídos,
y de ausentes enojos
en ecos, de mi pluma mis gemidos;
y ya que a ti no llega mi voz ruda,
óyeme sordo, pues me quejo muda
Octavio Paz
La poesía amorosa de Sóror Juana Inés de la Cruz
Imagem retirada da net
segunda-feira, junho 27, 2011
Fim de tarde
Deixa-me vendar-te...
E sente apenas...
Vou torturar-te de prazer...
Começar por unir a minha boca aos teus lábios. As nossas línguas, vão deslizar uma na outra com desejo.
Beijar-te o pescoço, percorrê-lo em caricias com os lábios.
Acariciar-te as mamas, beijar e lamber os teus mamilos, delicadamente, deixando-os duros.
Beijar-te o umbigo, descer mais abaixo.
Saborear-te. Passar a língua pela tua vagina... Fazê-la entrar dentro de ti.
Sair... Entrar... Sair... Entrar...
Passar os meus lábios pelo teu clitoris. Beijá-lo, sorvê-lo.
Continuar a lamber-te... Meigo, devagar... Como um beijo terno.
Arqueias-te, gemes, delicias-te.
Vens-te... Vens-te...
Provo-te numa plenitude suculenta...
No teu esplendor de mulher, preenches-me a boca de um sabor maravilhoso.
Vou torturar-te de prazer...
Começar por unir a minha boca aos teus lábios. As nossas línguas, vão deslizar uma na outra com desejo.
Beijar-te o pescoço, percorrê-lo em caricias com os lábios.
Acariciar-te as mamas, beijar e lamber os teus mamilos, delicadamente, deixando-os duros.
Beijar-te o umbigo, descer mais abaixo.
Saborear-te. Passar a língua pela tua vagina... Fazê-la entrar dentro de ti.
Sair... Entrar... Sair... Entrar...
Passar os meus lábios pelo teu clitoris. Beijá-lo, sorvê-lo.
Continuar a lamber-te... Meigo, devagar... Como um beijo terno.
Arqueias-te, gemes, delicias-te.
Vens-te... Vens-te...
Provo-te numa plenitude suculenta...
No teu esplendor de mulher, preenches-me a boca de um sabor maravilhoso.
Toni
Fotos retiradas da net
sexta-feira, junho 24, 2011
Os Três Mal-Amados
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato.
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço.
O amor comeu meus cartões de visita.
O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas.
O amor comeu metros e metros de gravatas.
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus.
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas.
O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
João Cabral de Melo Neto
Falas do personagem Joaquim
Imagem retirada da net
quarta-feira, junho 22, 2011
Não é só uma noite de amor
O teu corpo quente, a seduzir-me.
Toques, carícias, beijos demorados, respiração ofegante.
Deixas-me tocar a tua pele, sentir o calor.
Beijo o teu corpo, entrego-te o meu...
Sentes o meu desejo, enlouquecido,
Sabes que me rendi, consegues ouvi-lo nos meus gemidos.
Consegues perceber na minha paixão.
Sem qualquer pudor, entrego-te o coração.
Sou teu, de forma incondicional e sem medida.
Faço de ti a minha realidade, o meu delírio.
Queria tanto, fazer amor contigo.
E agora, amei-te. Intensamente. Profundamente.
Por isso peço-te, suplico-te:
- Promete que não é só uma noite de amor!
Toni
Foto retirada da net
segunda-feira, junho 20, 2011
Desperta-me de noite
Desperta-me de noite
O teu desejo
Na vaga dos teus dedos
Com que vergas
O sono em que me deito
É rede a tua lingua
Em sua teia
É vicio as palavras
Com que falas
A trégua
A entrega
O disfarce
E lembras os meus ombros
Docemente
Na dobra do lençol que desfazes
Desperta-me de noite
Com o teu corpo
Tiras-me do sono
Onde resvalo
E eu pouco a pouco
Vou repelindo a noite
E tu dentro de mim
Vais descobrindo vales.
Maria Teresa Horta
Fotos retiradas da net
sexta-feira, junho 17, 2011
O Nó no Lençol
Numa reunião de pais numa escola, a professora ressalvava o apoio que os pais devem dar aos filhos e pedia-lhes que se mostrassem presentes, o máximo possível... Considerava que, embora a maioria dos pais e mães trabalhasse fora, deveriam arranjar tempo para se dedicar às crianças.
Mas a professora ficou surpreendida quando um pai se levantou e explicou, humildemente, que não tinha tempo de falar com o filho nem de vê-lo durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava a dormir e quando regressava do trabalho era muito tarde e o filho já dormia.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar tanto para garantir o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava compensá-lo indo beijá-lo todas as noites quando chegava a casa.
Mas, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia logo, que o pai tinha estado ali e o tinha beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A professora emocionou-se com aquela história e ficou surpreendida quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola. Este facto, faz-nos reflectir sobre as muitas maneiras de as pessoas se mostrarem presentes, e de comunicarem com os outros. Aquele pai encontrou a sua, que era simples mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó, o que o pai estava a dizer. Simples gestos, como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou a presença indiferente de outros pais.
É por essa razão que um beijo cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, ou o medo do escuro... É importante que nos preocupemos com os outros, mas é também importante que os outros o saibam e que o sintam. As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem reconhecer um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas e só, um nó num lençol.
Recebido por email
Mas a professora ficou surpreendida quando um pai se levantou e explicou, humildemente, que não tinha tempo de falar com o filho nem de vê-lo durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava a dormir e quando regressava do trabalho era muito tarde e o filho já dormia.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar tanto para garantir o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava compensá-lo indo beijá-lo todas as noites quando chegava a casa.
Mas, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia logo, que o pai tinha estado ali e o tinha beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A professora emocionou-se com aquela história e ficou surpreendida quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola. Este facto, faz-nos reflectir sobre as muitas maneiras de as pessoas se mostrarem presentes, e de comunicarem com os outros. Aquele pai encontrou a sua, que era simples mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó, o que o pai estava a dizer. Simples gestos, como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou a presença indiferente de outros pais.
É por essa razão que um beijo cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, ou o medo do escuro... É importante que nos preocupemos com os outros, mas é também importante que os outros o saibam e que o sintam. As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem reconhecer um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas e só, um nó num lençol.
Recebido por email
quarta-feira, junho 15, 2011
O poder das palavras
Não é o que se diz, mas a forma como se diz que faz toda a diferença…
E porque a liderança não é feita de palavras ocas, mas de exemplo consistente, lembrem-se sempre disto.
Toni
segunda-feira, junho 13, 2011
Querer
Quero massagear o teu corpo,
Como se te prestasse um tributo de paixão.
E com minhas mãos, como que num ritual,
Percorrer-te todos os caminhos
E dele extrair a chama da combustão.
E cheirá-la por inteiro,
No ardor de farejar o âmago de tua alma fêmea.
E beijá-la voluptuosamente e com meus lábios
Sorver o suor ensandecido de teus poros
Quero, então, corpos unidos,
Dançar ao som de teus gemidos e sussurros
A dança terna e alucinante do amor.
José Eduardo Mendes Camargo
Foto retirada da net
sexta-feira, junho 10, 2011
quarta-feira, junho 08, 2011
Mr. Rock n' Roll
And they'll meet one day
Far away
And say "I wish I was something more"
And they'll meet one day
Far away
And say "I wish I knew you, I wish I knew you before"
Amy MacDonald
segunda-feira, junho 06, 2011
domingo, junho 05, 2011
sexta-feira, junho 03, 2011
quarta-feira, junho 01, 2011
As Palavras Interditas
Os navios existem e existe o teu rosto
encostado ao rosto dos navios.
Sem nenhum destino flutuam nas cidades,
partem no vento, regressam nos rios.
Na areia branca, onde o tempo começa,
uma criança passa de costas para o mar.
Anoitece. Não há dúvida, anoitece.
É preciso partir, é preciso ficar.
Os hospitais cobrem-se de cinza.
Ondas de sombra quebram nas esquinas.
Amo-te... E abrem-se janelas
mostrando a brancura das cortinas.
As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas minhas curvas claras.
Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
e estas mãos noturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.
E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens vivas, desenhadas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.
Eugenio de Andrade
Imagem retirada da net
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