sexta-feira, fevereiro 26, 2010
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Tabacaria
(...)
Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
(...)
Álvaro de Campos
Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
(...)
Álvaro de Campos
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
You're missing
sexta-feira, fevereiro 19, 2010
ONU faz pesquisa mundial
Com base na seguinte pergunta:
"Diga honestamente, qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo".
O resultado foi desastroso. Foi um total fracasso.
Os suecos desconheciam o significado de "escassez".
Os africanos não sabiam o que significava "alimentos".
Os norte-americanos perguntaram o significado de "o resto do mundo".
Os chineses pediram explicações adicionais sobre o termo "opinião".
O parlamento português ainda está a debater o que significa "honestamente".
Recebido por email
"Diga honestamente, qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo".
O resultado foi desastroso. Foi um total fracasso.
Os suecos desconheciam o significado de "escassez".
Os africanos não sabiam o que significava "alimentos".
Os norte-americanos perguntaram o significado de "o resto do mundo".
Os chineses pediram explicações adicionais sobre o termo "opinião".
O parlamento português ainda está a debater o que significa "honestamente".
Recebido por email
quarta-feira, fevereiro 17, 2010
O remador é um incompetente
Lê-se numa crónica que, no ano de 2005, se celebrou uma competição de remo entre duas equipas, uma composta por trabalhadores de uma empresa portuguesa e a outra pelos seus congéneres japoneses. Dada a partida, os remadores japoneses começaram a destacar-se desde o primeiro instante. Chegaram à meta primeiro e a equipa portuguesa chegou com uma hora de atraso.
De regresso a casa, a Direcção reuniu-se para analisar as causas de tão desastrosa actuação e chegaram à seguinte conclusão: Detectou-se que na equipa japonesa havia um chefe de equipa e dez remadores, enquanto que na equipa portuguesa havia um remador e dez chefes de serviço, facto que seria alterado no ano seguinte.
No ano de 2006 e após ser dada a partida, rapidamente a equipa japonesa começou a ganhar vantagem desde a primeira remadela. Desta vez a equipa portuguesa chegou com duas horas de atraso. A direcção voltou a reunir após forte reprimenda da Gerência e viram que na equipa japonesa havia um chefe de equipa e dez remadores, enquanto que a portuguesa, após as eficazes medidas adoptadas com o fracasso do ano anterior, era composta por um chefe de serviço, dois assessores da Gerência, sete chefes de secção e um remador. Após minuciosa análise, chegou-se à seguinte conclusão: O REMADOR É UM INCOMPETENTE.
No ano de 2007, uma vez mais, a equipa japonesa adiantou-se mal foi dada a partida. A embarcação portuguesa que, este ano, tinha sido encomendada ao departamento de novas tecnologias, chegou com quatro horas de atraso. Após a regata, e para avaliar os resultados, celebrou-se uma reunião ao mais alto nível no piso superior do edifício, chegando-se à seguinte conclusão: Este ano a equipa japonesa optou novamente por um chefe de equipa e dez remadores. A equipa portuguesa, após uma auditoria externa e um assessoramento especial do departamento de informática, optou por uma formação mais vanguardista, composta por um chefe de serviço, três chefes de secção, dois auditores da Consultores & Associados e quatro seguranças que controlavam a actividade do remador, ao qual tinha sido aberto um processo disciplinar e retirado todos os bónus e incentivos devido aos fracassos dos anos anteriores.
Após prolongadas reuniões, decidiu-se que para a regata de 2008 outro remador seria contratado, já que foi notório que a partir do vigésimo quinto quilómetro o actual remador mostrava algum desinteresse, que atingia a indiferença na linha da meta.
Recebido por email
Imagem retirada da net
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
Mother
Mother, do you think they'll drop the bomb?
Mother, do you think they'll like this song?
Mother, do you think they'll try to break my balls?
Mother, should I build the wall?
Mother, should I run for president?
Mother, should I trust the government?
Mother, will they put me in the firing line?
Is it just a waste of time?
Hush now baby, baby, don't you cry
Momma's gonna make all of your nightmares come true
Momma's gonna put all of her fears into you
Momma's gonna keep you right here under her wing
She won't let you fly, but she might let you sing
Momma's gonna keep baby cosy and warm
Oh, baby
Of course Momma's gonna help build the wall
Mother, do you think she's good enough, for me?
Mother, do you think she's dangerous, to me?
Mother will she tear your little boy apart?
Mother, will she break my heart?
Hush now baby, baby, don't you cry
Momma's gonna check out all your girlfriends for you
Momma won't let anyone dirty get through
Momma's gonna wait up until you get in
Momma will always find out where you've been
Momma's gonna keep baby healthy and clean
Oh, baby
You'll always be baby to me
Mother, did it need to be so high?
Pink Floyd - The Wall
domingo, fevereiro 14, 2010
Valentine's day
Olhos nos olhos, soltou-se a paixão.
As bocas beijaram-se.
Os corpos acariciaram-se. Os gemidos ouviram-se.
Os corpos colaram-se. As coxas abriram-se.
Os corpos fundiram-se. O prazer libertou-se.
O mel escorreu, o esperma jorrou.
O amor declarou-se. O mundo parou.
E nós, a sós, namorados, amantes.
Deliciados, abraçados, dizemos:
- Amo-te
Toni
Foto retirada da net
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
A fortaleza do espírito
Às vezes, parece que a vida não é mais do que um teste para nossa paciência e resistência.
Há dias em que a alegria já acorda em nossa companhia; e há dias em que levantamos sem ânimo, sem mesmo saber para quê, pois até a esperança de felicidade parece extinguir-se.
O cansaço e a desesperança atacam a todos, sem excepção; e há os que sucumbem e se rendem à vida, abandonando a luta e aceitando a derrota.
Que tu não sejas um destes e acordes, hoje, como um bravo; alguém a quem a vida, muitas vezes, não oferece nada, nem mesmo a esperança - mas que, mesmo assim, cerra os dentes, levanta, reage e luta!
Que acordes como um valente, de quem o destino pode tirar os sentidos e a respiração, mas não pode tirar a coragem.
Pois, se a vida nos testa, mostremos a ela que nosso corpo pode ser frágil, mas que nossa alma é de aço.
E que a espinha de um bravo verga, mas não quebra!
Autor desconhecido
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
Com amor
Guardo um sinal teu em mim. Preciso de sentir o perfume do teu corpo, o toque dos teus lábios nos meus, a tua mão junto da minha. E nesse encontro de bocas e mãos, transformar carinhos em amor, completar as nossas almas, desvendar os nossos corpos, entrelaçá-los, fundi-los.
As minhas mãos percorrem o teu corpo, que transborda de prazer, totalmente entregue às minhas carícias. Brinco com a língua em ti ouvindo a tua voz, a pedir mais. Deslizo as minhas mãos pelas tuas mamas, duras de amor, acaricio-te com beijos molhados, ao som dos teus gemidos doces e intensos.
Entre as tuas pernas, o coração bate-me descontrolado, louco de paixão. Amar-te, faz-me gemer de delirante prazer. Abres-te mais, empurras-te contra mim e apertas-me, todo dentro de ti. Levas-me à loucura.
Sentes o meu corpo sacudir-se intensamente e ouves-me gritar de amor e delírio, no instante em que te sentes cheia do meu prazer.
Toni
Foto retirada da net
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
As coisas que nunca dissemos
"Anthony olhou para a filha atentamente e aproximou a sua poltrona.
- Recordas-te do que fazias quase todas as noites quando eras criança, enfim, até adormeceres?
- Lia debaixo dos lençois com uma lanterna.
- Porque não acendias a luz do quarto?
- Para que tu acreditasses que eu já estava a dormir, mas na realidade lia às escondidas...
- Nunca perguntaste a ti mesma se a lanterna era mágica?
- Não, porquê, devia tê-lo feito?
- Apagou-se alguma vez durante todos esses anos?
- Não - respondeu Julia perturbada.
- Todavia nunca lhe mudaste as pilhas..."
Marc Levy in As Coisas que Nunca Dissemos
Foto retirada da net
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Poeta castrado não!
Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Ary dos Santos
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Ary dos Santos
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