quinta-feira, abril 30, 2009
Palavras
Minhas palavras são a metade de um diálogo
obscuro continuando através de séculos impossíveis.
Agora compreendo o sentido e a ressonância
que também trazes de tão longe em tua voz.
Nossas perguntas e respostas se reconhecem.
Como os olhos dentro dos espelhos.
Olhos que choraram.
Conversamos dos dois extremos da noite, como de praias opostas.
Mas com uma voz que não se importa…
E um mar de estrelas se balança entre o meu pensamento e o teu.
Mas um mar sem viagens.
Cecília Meireles
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quarta-feira, abril 29, 2009
Moral da história?
Esta é a fábula de um alto executivo de um grande banco.
Stressado com a enorme carga de trabalho, entrou em colapso nervoso e foi ao médico.
Relatou ao psiquiatra o seu caso. O médico, experiente, logo diagnosticou ansiedade, tensão e insegurança.
Disse ao paciente:
- O Sr. precisa afastar-se duas semanas da sua actividade profissional. É conveniente que vá para o interior, isole-se do dia-a-dia e procure algumas actividades que o relaxem.
Então o nosso executivo procurou seguir as orientações do médico.
Munido de vários livros, CD's e portátil, mas sem o telemóvel, partiu para a quinta de um amigo.
Passados os dois primeiros dias, o nosso executivo já havia lido dois livros e ouvido quase todos os CD's. Continuava inquieto.
Pensou então que alguma actividade física seria um bom antídoto para a ansiedade que ainda o dominava.
Chamou o caseiro da quinta e pediu para fazer algo. O caseiro ficou pensativo e viu um monte de esterco que havia acabado de chegar.
Disse ao nosso executivo:
- O Sr. pode ir espalhando aquele esterco em toda aquela área que será preparada para o cultivo.
Pensou consigo: "Ele deverá gastar uma semana com essa tarefa". Puro engano. No dia seguinte o nosso executivo já tinha distribuído o esterco por toda a área. Pediu logo uma nova tarefa.
O caseiro então disse-lhe:
- Estamos a iniciar a colheita de laranjas. O Sr. vá ao laranjal, leve três cestos e distribua as laranjas por tamanho: pequenas, médias e grandes.
No fim daquele primeiro dia o nosso executivo não voltou.
Preocupado, o caseiro dirigiu-se ao laranjal. A cena que viu foi a seguinte:
Estava o nosso executivo com uma laranja na mão, os cestos totalmente vazios, falando consigo mesmo:
- Esta é grande. Não, é média. Ou será pequena?
- Esta é pequena. Não, é grande. Ou será média?
- Esta é média. Não, é pequena. Ou será grande?
Moral da história?
Espalhar merda é fácil. Difícil é tomar decisões.
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terça-feira, abril 28, 2009
Poema do Homem Só
Sós,
irremediavelmente sós,
como um astro perdido que arrefece.
Todos passam por nós
e ninguém nos conhece.
Os que passam e os que ficam.
Todos se desconhecem.
Os astros nada explicam:
Arrefecem
Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nenhum ser nós se transmite.
Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.
Dão-se os lábios, dão-se os braços
dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;
dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;
dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.
Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,
este ser-se sem disfarce,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém.
António Gedeão, in Teatro do Mundo, 1958
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segunda-feira, abril 27, 2009
As Palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade, in Coração do Dia, 1958
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domingo, abril 26, 2009
sábado, abril 25, 2009
25 de Abril
Uma gaivota voava, voava,
assas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.
Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela, somos livres,
somos livres de crescer.
Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.
Ermelinda Duarte
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sexta-feira, abril 24, 2009
Frase do dia
"Sendo a velocidade da luz superior à velocidade do som, é perfeitamente normal que algumas pessoas pareçam brilhantes até abrirem a boca."
É pena desconhecer o(a) autor(a). Merece a minha homenagem.
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É pena desconhecer o(a) autor(a). Merece a minha homenagem.
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quinta-feira, abril 23, 2009
Solidão
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo… Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que a gente experimenta pela ausência das pessoas que a gente ama e que não podem mais voltar… Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário a que, muitas vezes, sem saber, a gente acaba se impondo só para realinhar os pensamentos… Isto é equilíbrio.
Não é aquela pausa obrigatória que o destino manda compulsoriamente, para que reveja a nossa vida… Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado… Isto é apenas uma circunstância.
Solidão é muito mais que isto…
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos. E procuramos, em vão, pela nossa alma!
Chico Buarque
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quarta-feira, abril 22, 2009
Fala do Homem nascido
Venho da terra assombrada
do ventre de minha mãe
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci
Trago boca pra comer
e olhos pra desejar
tenho pressa de viver
que a vida é água a correr
Venho do fundo do tempo
não tenho tempo a perder
Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham
nem forças que me molestem
correntes que me detenham
Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu
Com licença com licença
que a barca se fez ao mar
não há poder que me vença
mesmo morto hei-de passar
com licença com licença
com rumo à estrela polar
António Gedeão, in Teatro do Mundo, 1958
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terça-feira, abril 21, 2009
Já não sou quem era
Já não sou quem era
Meus sonhos não são iguais
Já não sou quem era
A hora é sincera
E eu sinto que me estou a agitar
Já não fico à espera
Já não fico à espera mais
Já não fico à espera
De ver acender
Essa luz que me quer ofuscar
Já vejo com os meus olhos
Já vejo sem me deslumbrar
Já vejo as limitações
Já vejo com os meus olhos
Já vejo sem enganar
Perdi as ilusões
Conheço as limitações
António Variações
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segunda-feira, abril 20, 2009
Crónica de uma alma sombria
A minha forma humana está adormecida. Repousa nos doces lagos da inconsciência.
Vagueio pela noite, com o ânimo de um condenado que caminha para a execução.
O céu apresenta-se negro, cor com a qual não simpatizo. Recorda-me momentos que prefiro esquecer, dá-me calafrios.
O manto de estrelas, admito, é uma bela visão, mas perturbadora por causa da cor de fundo.
Porque é que não se pode colocar um fundo azul escuro?
Ninguém me sabe responder...
Cruzo-me com anjos, demónios, santos, pecadores, inocentes, estafermos, aldrabões.
Estou cansado. A eternidade é cansativa.
A luz da noite fere-me os olhos. Quero fechá-los, quero dormir, descansar.
Quero um pouco de paz... Só não sei como começar.
Toni
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sexta-feira, abril 17, 2009
Glósóli
Nú vaknar þú
Allt virðist vera breytt
Eg gægist út
En er svo ekki neitt
Ur-skóna finn svo
A náttfötum hún I draumi fann svo
Eg hékk á koðnun?
Með sólinni er hún
Og er hún, inni hér
En hvar ert þú....
Legg upp í göngu
Og tölti götuna
Sé ekk(ert) út
Og nota stjörnurnar
Sit(ur) endalaust hún
Og klifrar svo út.
Glósóli-leg hún
Komdu út
Mig vaknar draum-haf
Mitt hjartað, slá
Ufið hár.
Sturlun við fjar-óð
Sem skyldu-skrá.
Og hér ert þú...
Fannst mér.....
Og hér ert þú
Glósóli.....
Og hér ert þú
Glósóli.....
Og hér ert þú
Glósóli.....
Og hér ert þú
Sigur Rós
Now that you're awake
Everything seems different
I look aroundBut there's nothing at all
Put on my shoes, I then find that
She is still in her pyjamas
Then found in a dream
I'm hung by (an) anticlimax
She is with the sun
And it's out here
But where are you...
Go on a journey
And roam the streets
Can't see the way out
And so use the stars
She sits for eternity
And then climbs out
She's the glowing sun
So come out
I awake from a nightmare
My heart is beating
Out of control…
I've become so used to this craziness
That it's now compulsory
And here you are...
I'm feeling...
And here you are,
Glowing sun...
And here you are,
Glowing sun...
And here you are,
Glowing sun...
And here you are
quinta-feira, abril 16, 2009
Roubando-te o Sono
Não te apreces em falar
De Amor;
Nem em fazer promessas vazias;
Que não se cumprirão.
Amor,
É fruta mordida,
De gosto peculiar
Que se sente na alma,
De olhos fechados e de boca aberta.
O seu sabor,
Entorpece a razão e
entrega a alma aos desatinos
Do corpo
Roubando-te o sono e sossego.
Amor,
É tesouro que não se deve guardar.
É segredo para se partilhar aos quatro ventos.
Marthefran da Silva de Souza
Autor do blog O Vento entre as Folhas
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quarta-feira, abril 15, 2009
Antes que Anoiteça
Por razões que não vêm ao caso, as últimas semanas, difíceis para mim, têm-me obrigado a pensar no passado e no presente e a esquecer o futuro. Sobretudo o passado: tornei a encontrar o cheiro e o eco dos hospitais, essa atmosfera de feltro branco, onde as enfermeiras deslizam como cisnes, que nos tempos de interno me exaltava, o silêncio de borracha, brilhos metálicos, pessoas que falam baixinho como nas igrejas, a solidadriedade na tristeza das salas de espera, corredores intermináveis, o ritual de solenidade apavorante a que assisto com um sorriso trémulo a servir de bengala, uma coragem postiça a mal esconder o medo. Sobretudo no passado porque o futuro se estreita, e digo sobretudo o passado visto que o presente se tornou passado também, recordações que julgava perdidas e regressam sem que se dê por isso, os domingos de feira em Nelas, os gritos dos leitões
(lembro-me tanto dos gritos dos leitões agora)
um anel com o emblema do Benfica que aos cinco anos eu achava lindo e os meus pais horrível, que aos cinquenta anos continuo a achar lindo apesar de achar horrível também, e julgo ser altura de começar a usá-lo uma vez que não me sobra assim tanto tempo para grandes prazeres. Quero o anel com o emblema do Benfica, quero minha avó viva, quero a casa da Beira, tudo aquilo que deixei fugir e me faz falta, quero a Gija a coçar-me as costas antes de me deitar, quero o pinhal do Zé Rebelo, quero jogar pingue-pongue com o meu irmão João, quero ler Júlio Verne, quero ir à Feira Popular andar no carrocel do oito, quero ver o Costa Pereira defender um penalti do Didi, quero trouxas de ovos, quero pastéis de bacalhau com arroz de tomate, quero ir para a biblioteca do liceu excitar-me às escondidas com a «Ruiva» de Fialho de Almeida, quero tornar a apaixonar-me pela mulher do faraó nos «Dez Mandamentos» que vi aos doze anos e a quem fui intransigentemente fiel um verão inteiro, quero a minha mãe, quero o meu irmão Pedro pequeno, quero ir comprar papel de trinta e cinco linhas à mercearia para escrever versos contadas pelos dedos,
quero voltar a jogar hóquei em patins, quero ser o mais alto da turma, quero abafar berlindes
olho de boi, olho de vaca, contramundo e papa
quero o Frias a contar filmes na escola do senhor André, a falar do Rapaz, da Rapariga e do Amigo do Rapaz, filmes que nunca vi a não ser atrvés das descrições do Frias (Manuel Maria Camarate Frias o que é feito de ti?)
e as descrições do Frias eram muito melhores do que os filmes, o Frias imitava a música de fundo, o barulho dos cavalos, os tiros, a pancadaria no «saloon», imitava de tal forma que a gente era com se estivesse a ver, o Frias, o Norberto Noroeste Cavaleiro, o homem que achou que eu lhe estava a mexer no automóvel e se desfez num berro
- Trata-me por senhor doutor meu camelo
a primeira vez que uma pessoa crescida me chamou nomes e eu com vontade de responder que o meu também era doutor, que ao entrar no balneário do Futebol Benfica para me equipar o Ferro-o-Bico explicou aos outros
- o pai do ruço é doutor
e houve à minha roda uma nudez respeitosa, o pai do ruço é doutor, quero voltar a apanhar um táxi à porta de casa e o chofer perguntar:
- É aqui que mora um rapaz que joga hóquei chamado João?
e quero tornar a espantar-me por ele tratar assim o pai do ruço, quero partir um braço e ter gesso no braço ou, melhor ainda, uma perna para andar de canadianas e assombrar as meninas da minha idade, um miúdo de canadianas
achava eu, acho eu
não hà rapariga que não deseje namorar com ele e além disso os carros param para a gente atravessar a rua,
quero que o meu avô me desenhe um cavalo, eu monte no cavalo e me vá embora daqui, quero dar pulos na cama, quero comer percebes, quero fumar às escondidas, quero ler o «Mundo de Aventuras», quero ser Cisco Kid e Mozart ao mesmo tempo, quero gelados do Santini, quero uma lanterna de pilhas no Natal, quero guarda-chuvas de chocolate, quero que a minha tia Gogó me dê de almoçar
- Abre a boca Toino
quero um pratinho de tremoços, quero ser Sandokan Soberano da Malásia, quero usar calças compridas, quero descer dos eléctricos em andamento, quero ser revisor da Carris, quero tocar todas as cornetas de plástico do mundo, quero uma caixa de sapatos cheia de bichos de seda, quero o boneco da bola, quero que não haja hospitais, quero que não haja doentes, quero que não haja operações, quero ter tempo para ganhar coragem e dizer aos meus pais que gosto muito deles
(não sei se consigo)
dizer aos meus pais que gosto muito deles antes que anoiteça senhores, antes que anoiteça para sempre.
António Lobo Antunes
Crónica de 15 de Dezembro de 1996, in Crónicas do Público
terça-feira, abril 14, 2009
Onde acharei lugar tão apartado
Onde acharei lugar tão apartado
E tão isento em tudo da ventura,
Que, não digo eu de humana criatura,
Mas nem de feras seja frequentado?
Algum bosque medonho e carregado,
Ou selva solitária, triste e escura,
Sem fonte clara ou plácida verdura,
Enfim, lugar conforme a meu cuidado?
Porque ali, nas entranhas dos penedos,
Em vida morto, sepultado em vida,
Me queixe copiosa e livremente;
Que, pois a minha pena é sem medida,
Ali triste serei em dias ledos
E dias tristes me farão contente.
Luís de Camões
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segunda-feira, abril 13, 2009
quinta-feira, abril 09, 2009
Para todos...
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa tem origem na palavra hebraica Pessach.
Para os cristãos a Páscoa representa a data da Ressurreição de Cristo e que é uma continuação da homenagem em memória à saída dos judeus do Egipto.
Assim, o dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 Março. Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas ocorre após ou no equinócio da primavera boreal, adoptado como sendo 21 de Março (Concílio de Nicéia 325 d.C.).
A Quarta-feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa e portanto a Terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.
Esse é o período da Quaresma, que começa na Quarta-feira de cinzas.
O Domingo de Páscoa é a ressurreição, simbolizada pelo ovo, significando o nascimento – a nova vida.
A tradição de oferecer ovos vem da China.
Há vários séculos, os orientais preocupavam-se em embrulhar os ovos naturais com cascas de cebola e cozinhavam-nos com beterraba.
Ao retirá-los do fogo, ficavam com desenhos mosqueados na casca.
Os ovos eram dados de presente na Festa da Primavera.
O costume chegou ao Egipto.
Assim como os chineses, os egípcios distribuíam os ovos no início da nova estação.
Depois da morte de Jesus Cristo, os cristãos consagraram esse hábito como lembrança da ressurreição e no século XVIII a Igreja adoptou-o oficialmente, como símbolo da Páscoa.
Desde então, trocam-se os ovos enfeitados no domingo após a Semana Santa.
Fiquem bem nesta Páscoa.
quarta-feira, abril 01, 2009
É tempo de uma...
Não é partida de 1 de Abril.
Este blog vai mesmo ficar quieto. Não por muito tempo, mas ao fim de 497 posts, impõem-se uma reflexão. Até aqui, este espaço vem seguindo uma linha de rumo quase exclusiva. Não é negativo, mas é cansativo.
Sendo este um espaço pessoal, isso acaba por condicionar todo um pensamento que não se confina, nem se reduz a temas padrão.
Mudar é preciso. O blog segue dentro de alguns dias.
Toni
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