sexta-feira, fevereiro 29, 2008
Sacia-me...
Encosta-me à parede. Beija-me com paixão.
Deixa as tuas mãos lerem o meu corpo. Explorara-me com desejo.
Não pares! - Imploro-te.
Enlouquece-me de tesão. Faz-me gemer.
Quero tanto gemer por ti...
Toni
Foto retirada da net
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Vampiros
No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vêm em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas
São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossos
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
Zeca Afonso
Imagens retiradas da net
O Zeca partiu há 21 anos. Os vampiros, esses, continuam cá.
Elmer
Era uma vez uma manada de elefantes. Elefantes novos, elefantes velhos, elefantes altos ou magros ou gordos. Elefantes assim, elefantes assado, todos diferentes mas todos felizes e todos da mesma cor. Todos quer dizer, menos o Elmer.
O Elmer era diferente.
O Elmer era aos quadrados.
O Elmer era amarelo.
e cor de laranja
e cor-de-rosa
e roxo
e azul
e verde
e preto
e branco.
O Elmer não era cor de elefante.
(…)
David McKee, in Elmer
Imagem retirada da net
O Elmer era diferente.
O Elmer era aos quadrados.
O Elmer era amarelo.
e cor de laranja
e cor-de-rosa
e roxo
e azul
e verde
e preto
e branco.
O Elmer não era cor de elefante.
(…)
David McKee, in Elmer
Imagem retirada da net
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Oração
Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia da tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sois olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde a tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que nos teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente no teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável.
Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome. Aquele amor que não se explica, só se sente.
Que esse amor seja o teu acalanto secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que esse amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz.
Autor Desconhecido
Imagem retirada da net
terça-feira, fevereiro 26, 2008
A Língua
A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos.
Carlos Drummond de Andrade
Foto retirada da net
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Espero-te...
Sedento dessa língua que me vai obrigar a gemer, de paixão, de amor, de loucura... denunciando a minha entrega... levando-te o sabor do meu delírio, libertado num prazer alucinante.
Toni
Foto retirada da net
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
If You Were a Sailboat
If you're a cowboy I would trail you,
If you're a piece of wood I'd nail you to the floor.
If you're a sailboat I would sail you to the shore.
If you're a river I would swim you,
If you're a house I would live in you all my days.
If you're a preacher I'd begin to change my ways.
Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.
If I was in jail I know you'd spring me
If I was a telephone you'd ring me all day long
If was in pain I know you'd sing me soothing songs.
Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.
If I was hungry you would feed me
If I was in darkness you would lead me to the light
If I was a book I know you'd read me every night
If you're a cowboy I would trail you,
If you're a piece of wood I'd nail you to the floor.
If you're a sailboat I would sail you to the shore.
If you're a sailboat I would sail you to the shore.
Katie Melua
Imagem retirada da net
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Os versos que te fiz
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
Florbela Espanca
Foto retirada da net
Quero-te...
Sonho-te...
A despertar-me docemente para o amor...
Sonho-me...
Entregando-me a ti cheio de paixão.
Sonho-nos...
Levados pelo desejo, em momentos de carinho e ternura, declarando este amor entre beijos e carícias em corpos que se despem.
E então, ofegante, gemendo, perdido de paixão, olhar no fundo dos teus olhos e dizer-te:
Quero-te!!
Toni
Imagem retirada da net
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Gostoso Demais
Tou com saudade de tu, meu desejo
Tou com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja
E vai buscar meu bem querer
Não posso ser feliz, assim
Tem dó de mim
o que que eu posso fazer
Cantado por Maria Bethânia
Imagem retirada da net
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Se tu viesses hoje
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
Imagem retirada da net
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
Sempre que o amor me quiser
Sempre que o amor me quiser
Basta fazer-me um sinal
Soprado na brisa do mar
Ou num raio de sol
Sempre que o amor me quiser
Sei que não vou dizer não
Resta-me ir para onde ele for
E esquecer-me de mim
E esquecer-me de mim
Como uma chama que se esquece
Numa fogueira que arde de paixão
Sempre que o amor me quiser
Sei que a razão vai perder
Que me hei-de entregar outra vez
Como a primeira vez
Sempre que o amor me quiser
Vou-me banhar nessa luz
Sentir a corrente passar
E esquecer-me de mim
E esquecer-me de mim
Como uma chama que se esquece
Numa fogueira que arde de paixão
Sempre que o amor me quiser
Paula Teixeira / Lena d'Água
Foto retirada da net
Telepatia
Telepatia, silêncio, calma
Feitiçaria da tua alma
Passo a passo, sem ter medo
Abrímos, soltámos o nosso segredo
E a sorrir devorámos o mundo
Num abraço tão profundo
Telepatia, sem contratempo
Deixei-te um dia, num desalento
E eu sonhava, existia
P'ra sempre, p'ra sempre foi pura poesia
Sem pensar não vi que passavas
Pelo meu corpo não ficavas
E a sorrir devorámos o mundo
Num abraço tão profundo
Telepatia, silêncio, calma
Feitiçaria da tua alma
Telepatia
Ana Zanatti / Lara Li
Imagem retirada da net
Flor de verde pinho
Eu podia chamar-te pátria minha
dar-te o mais lindo nome português
podia dar-te um nome de rainha
que este amor é de Pedro por Inês.
Mas não há forma, não há verso, não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.
Gostar de ti é um poema que não digo
que não há taça amor para este vinho
não há guitarra nem cantar de amigo
não há flor não há flor de verde pinho.
Não há barco nem trigo não há trevo
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.
Manuel Alegre / Carlos do Carmo
Imagem retirada da net
Solta-se o beijo
Espreito por uma porta encostada
Sigo as pegadas de luz
Peço ao gato "xiu" para não me denunciar
Toca o relógio sem cuco
Dá horas à cusquice das vizinhas e eu
Confesso às paredes de quem gosto
Elas conhecem-te bem
Aconhego-me nesta cumplicidade
Deixo-me ir nos trilhos traçados
Pela saudade de te encontrar
Ainda onde te deixei
Trago-te o beijo prometido
Sei o teu cheiro mergulho no teu tocar
Abraças a guitarra e voas para além da lua
Amarro o beijo que se quer soltar
Espero que me sintas para me entregar
A cadeira, as costas, o cabelo e a cigarrilha
A dança do teu ombro...
E nesse instante em que o silêncio
É o bater do coração
Fecha-se a porta
Pára o relógio
As vizinhas recolhem
Tu olhas-me...
Tu olhas-me...
Trago-te o beijo prometido
Sei o teu cheiro, mergulho no teu tocar
Abraças a guitarra e voas para além da lua
Amarro o beijo que se quer soltar
Espero que me sintas para me entregar
A cadeira, as costas, o cabelo e a cigarrilha
A dança do teu ombro...
E, nesse instante em que o silêncio
É o bater do coração
Fecha-se a porta
Pára o relógio
As vizinhas recolhem
Solta-se o beijo, o gato mia...
Solta-se o beijo, o gato mia...
Solta-se o beijo, o gato mia...
Tu olhas-me...
Tu olhas-me...
Solta-se o beijo, o gato mia...
Solta-se o beijo, o gato mia...
Solta-se p beijo, o gato mia...
Espreito por uma porta encostada
Sigo as pegadas de luz
Peço ao gato "xiu" para não me denunciar
Catarina Furtado / Ala dos Namorados
Foto retirada da net
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
Amanhã é sempre longe demais
Pela janela mal fechada
Entra já a luz do dia
Morre a sombra desejada
Numa esperança fugidia
Foi uma noite sem sono
Entre saliva e suor
Com um travo de abandono
E gosto a outro sabor
Dizes-me até amanhã
Que tem de ser que te vais
Porque amanhã sabes bem
É sempre longe demais
Acendo mais um cigarro
Invento mil ideais
Só que amanhã sei-o bem
É sempre longe demais
Pela janela mal fechada
Chega a hora do cansaço
Vai-se o tempo desfiando
Em anéis de fumo baço
Rádio Macau
Foto retirada da net
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Desejos de ti
Foi esta imensa paixão que nos guiou ao mais esperado de todos os beijos. As nossas línguas procuram-se com fervor, as nossas mãos despem os corpos frenéticamente, atrapalhadas pelo fogo do desejo.
As delícias delirantes do teu corpo colado ao meu, as tuas carícias terrivelmente sedutoras, deixam-me numa urgência tresloucada de te amar que me impede de esperar. Penetro-te, deslizando sofregamente pela tua humidade quente e macia.
E entre as tuas pernas, tonto de prazer, dei total liberdade ao meu desejo, não reprimi nenhuma vontade. Todo eu era calor e paixão.
Explodi violentamente. Gemendo de amor e gritando de prazer, subi ao céu, vi as estrelas da mais distante das galáxias, enquanto lançava o meu esperma bem dentro de ti.
Acabavas de levar-me à loucura. Gradualmente, os sons do silêncio abafam os sons do amor, deixando que as almas se falem sem dizerem uma palavra.
Agora, a paz impera no espírito dos amantes, aquela que vem da entrega total, da absoluta sintonia dos dois mundos com o universo, da certeza do princípio e do fim de cada um no outro.
Agora, mais calmo e mais amante, é tempo de te declarar o amor... outra vez.
Toni
Imagem retirada da net
domingo, fevereiro 03, 2008
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
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