segunda-feira, janeiro 16, 2012

Só entre nós


O beijo anuncia-se.
Já não consigo resistir-te...
Olhos nos olhos, percebes que desejo a tua boca.
E os teus lábios deixam-se colar aos meus, deixam passar a minha língua... E como é bom encontrar a tua...

De línguas enlaçadas, deslizando uma na outra, liberta-se o amor num beijo cheio de paixão.
Nem sei como, consigo interromper para um apressado "Amo-te tanto..."
E logo as bocas se unem, continuando o mais delicioso dos beijos. O beijo da mulher amada.

Nessa tarde, em que pela primeira vez, te acariciei, não sei quantas vezes me declarei.
E a primeira vez que te despi, não sei quantas vezes te vesti de beijos.
Não sei quantas vezes quis o teu mel, a primeira vez que te provei.
Não sei o quanto gemi por ti, a primeira vez que te penetrei.


Sei que, a primeira vez que me fizeste teu, entreguei-me completamente.
Fiz-te saber como gemo por amor. Fiz-te saber que, dentro de ti, não delirei só de prazer.

Nessa tarde soubeste que, apertavas entre as tuas pernas, o mais profundo amor por ti.



Toni
Foto retirada da net

6 comentários:

PERSEVERÂNÇA disse...

E que todos que vivem assim, aqueles que já viveram ou aqueles que um dia sonham em viver tal situação, mantenham-se sempre felizes, é uma sensação maravilhosa.
Ter em mente tudo isso é encantador.
Muito bom saber que ainda existem momentos belos entre duas pessoas, parabens Toni, amei mais essa postagem.
Alias vc sempre acerta no meu coração, rsss
Espero por vc no Perseverança,
Abraço

Anónimo disse...

JOAQUIM PESSOA, in OS OLHOS DE ISA [Moraes Editores (1980; 2.ª ed. 1981)], ( 125 POEMAS (Litexa Ed., 1989)


EU SEI, NÃO TE CONHEÇO MAS EXISTES

Eu sei, não te conheço mas existes.
por isso os deuses não existem,
a solidão não existe
e apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito.

Não me perguntes como mas ainda me lembro
quando no outono cresceram no teu peito
duas alegres laranjas que eu apertei nas minhas mãos
e perfumaram depois a minha boca.

Eu sei, não digas, deixa-me inventar-te.
não é um sonho, juro, são apenas as minhas mãos
sobre a tua nudez
como uma sombra no deserto.
É apenas este rio que me percorre há muito
e desagua em ti,
porque tu és o mar que acolhe os meus destroços.
É apenas uma tristeza inadiável,
uma outra maneira de habitares
em todas as palavras do meu canto.

Tenho construído o teu nome com todas as coisas.
tenho feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente
desesperadamente
à tua procura, sempre à tua procura
até me dar conta que estás em mim,
que em mim devo procurar-te,
e tu apenas existes porque eu existo
e eu não estou só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti,
a ti que eu amo.

Toni disse...

Que poema belíssimo. Não conhecia este. Vai com certeza tornar-se em mais um post brevemente.
Muito obrigado.

Feiticeira disse...

Eu também gostei ! Do teu e deste poema! Adorei, bjs

Anónimo disse...

http://youtu.be/4_lUOtvGDFI

Pode ser que não conheça..

sozinha a noite disse...

adorei o seu post fez me sonhar sim porque infelizmente a minha vida nao passa so de sonhos...