quarta-feira, março 23, 2011

Os verdadeiros parvos


É certo e mais que sabido que existem parvos para todos os tamanhos, gostos e feitios.

O parvo é o espécime que desperta o sentido de humor, de qualquer pessoa, seja de uma forma ou de outra, ou seja, no sentido irónico da coisa ou mesmo no sentido de dar gargalhadas que fazem chorar.

Sem grandes rodeios passo já a definir os tipos de parvos que são do meu conhecimento.

Parvo genuíno:

Aquele que nasce e morre parvo, na maioria dos casos é um parvo inocente, não faz por mal ou com algum tipo de maldade associada, e por isso todos lhe perdoam as bacoradas que da sua boca jorram. As suas atitudes e actos consequentes de parvoíce não são premeditados. Simplesmente acontece.

Parvo por conveniência: 
É parvo quando é preciso ser, adapta o seu comportamento parvo á situação em que se encontra inserido. Por exemplo ser parvo em casa é diferente de se ser parvo na escola.

Não deixando de ser parvo em qualquer situação, este exemplar, torna-se menos perdoável que o parvo genuíno, uma vez que é detentor de um pouco de raciocínio lógico.


Parvo estúpido:
Aquele que se demarca como engraçado perante os que o rodeiam, na maioria das vezes com piadas pouco convenientes e das quais as pessoas se riem quase por sacrifício. É pouco provável que um “parvo estúpido” consiga manter o mesmo grupo de amigos por muito tempo, todos se cansam.

Parvo fita-cola:
Aquele que só é parvo na presença de alguém que lhe da força ao ego para que a sua parvoíce se solte, ou que é parvo para ser socialmente aceite, isto é, inserido num contexto de parvos por conveniência ou parvos genuínos e igualmente parvo.

Parvo fantasma:

Esta espécie de parvo, acha que ninguém dá conta da sua parvoíce. É um ser intelectual que no fundo tem um grau de parvoíce extrema.

Pode-se dizer que é parvo num contexto familiar ou mais intimista e quando ouve dizer que a sua pessoa é parva fica ofendida.

Mini parvo:

Aquele que se deixa comer por parvo. É uma espécie rara e em vias de extinção. Os sobreviventes deste grupo específico são a preocupação dos psicólogos e antropologos em geral, visto que, para além de serem parvos em todos os contextos, sabem quando alguém os está a fazer de parvos e deixam. Como não se sentem confortáveis com a ideia assumem como máxima “deixa andar….. até eu querer….”

Acreditam em tudo o que lhe seja dito e são sempre o benefício da dúvida, assistem a maus filmes até ao fim mesmo que o façam em dias diferentes.

Acreditam que são virgens e que tudo esta intacto, assumindo-se como semi-novos.

Parvo bronco:

Aficionado do tunning, acha que as alterações que ele faz ao carro são as mais importantes de anos e anos de investigação de engenheiros competentes na área de aerodinâmica. É geralmente reconhecido pelo nome de “azeiteiro”. Tem particular fascínio por todos os álbuns que se intitulem por “dance mania X”, “Caribe mix Y” ou seus similares.

Parvo Benfiquista:

Dotado de um farfalhudo bigode, de uma voluptuosa saliência abdominal que provém de mines, amendoins, pistácios, tremoços ou por coiratos fritos. Detentor de um vistoso cachecol e almofada com a insígnia de “o melhor benfiquista” no seu veiculo automóvel.

É ainda público que o “parvo benfiquista” atenta contra a integridade física de tudo o que mexe, nos dias em que o SLB joga e perde.

Verificam-se mutações ao nível deste grupo, que levam os maiores antropólogos, a crer que já existem parvos tunnings neste grupo.

Parvo nortenho:
Este ser social, pensa que manda em casa, mas de facto quem manda nele é a mulher. Tem a mania que é dos “maus”.

Conhecido por grunhir em vez de falar, e quando anda, parece um camião descontrolado e pronto a atropelar qualquer pessoa que se abeire do espécime no raio de 10m.

Tem um Audí e dentro da mala do veículo pode encontrar-se um taco de basebol.

Sofre de síndrome de perseguição, achando que o centro e o sul do país estão unidos numa cabala contra o norte.

Há alguns que pensam mesmo, que abaixo do Mondego é considerado estrangeiro.

Maxi-Parvo:

O grau de parvoíce destes deve-se ao consumo desmesurado de carne vermelha e excessivos hidratos de carbono.

O seu grau de parvoíce não é maior nem menor que a do parvo ingénuo, pensando que o mundo é monogâmico.

Um estudo revelado por uma fonte fidedigna aponta para que, 80% dos seres do sexo masculino deste grupo acreditem em coisas como: “há 30% de probabilidade de um DIU, após colocação na parceira, entrar no seu objecto fálico”.

Desconhecem o significado de palavras como: lascivo, putativo, jumento, douta entre outras.

A sua subtileza abarca situações como: "Sabes onde é que está quentinho? Sabes??" e "Posso lavar-te? Por dentro??"



Depois do exposto diz-me: que tipo de parvo és tu?




Retirado daqui:
http://pinipongigantone.blogspot.com/

2 comentários:

Anónimo disse...

Sou o tipo de parvo que não está aqui, que gosta muito deste blog e que acha que a pessoa, ou pessoas que está/estão na sua origem, é de uma inteligência e sensibilidades, a todos os níveis, superior.

Toni disse...

Não posso deixar de comentar este comentário. Muito obrigado por tão rasgado elogio.
O reconhecimento sabe muito bem e é muito bom.
Mais uma vez, muito obrigado.