segunda-feira, abril 26, 2010

Amor Vivo



Amar! Mas dum amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos harpejos,
não sejam só delírios e desejos
duma doida cabeça escandecida...

Amor que viva e brilhe! Luz fundida
Que penetre o meu ser - e não só de beijos
dados no ar - delírios e desejos -
mas amor... dos amores que têm vida...

Sim, vivo e quente! E já a luz do dia
não virá dissipá-lo nos meus braços
como névoa de vaga fantasia...

Nem murchará o sol à chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
contra uns débeis amores... se têm vida?



Antero de Quental
Imagem retirada da net

1 comentário:

Anónimo disse...

Porque será que o fumo dos meus cigarros nunca faz imagens tão perfeitas???